O Bloco de Esquerda/Açores considera urgente uma revisão da carreira docente que garanta alterações ao sistema de avaliação – que deve ser menos burocrático e deve ter uma componente formativa – e que acabe com as actuais injustiças salariais dos professores contratados.
No âmbito de uma reunião realizada esta tarde com dirigentes do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, a líder da bancada do BE no parlamento açoriano denunciou que os professores contratados ganham menos 100 euros, aproximadamente, do que um professor da carreira, no primeiro escalão.
"Existem professores que fazem a mesma coisa, dão o mesmo tipo de aulas, a mesma matéria, tem o mesmo empenho, mas que, no final do mês, recebem quantias diferentes", disse Zuraida Soares.
"Estas situações causam um sentimento de desalento e injustiça que prejudica o ensino de excelencia que se pretende alcançar", disse a deputada, considerando que, estando a progressão na carreira docente congelada, este é o momento para se reflectir e alterar o que está mal.
Em declarações aos jornalistas, Zuraida Soares revelou que entre 2008 e 2010, houve uma comissão de avaliação e análise ao modelo de avaliação existente, cujas conclusões – nunca tornadas públicas – foram altamente críticas.
A deputada do BE criticou ainda a falta de apoio no Ensino Especial: "Não pode haver alunos portadores de deficiência que não tenham a garantia de ter um professor com especialidade que corresponde à sua deficiência específica, para o apoiar no seu percurso escolar. A democracia e a igualdade de oportunidades, devem ser as palavras de ordem na Escola Pública".
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