sábado, 10 de agosto de 2013

O OUTRO LADO DA DISCRIMINAÇÃO ENTRE PROFESSORES: quanto vale um professor contratado, quanto vale um do quadro – a filosofia sindical vigente!

Um professor contratado depois de vincular:

- deve concorrer sempre numa prioridade atrás de um do quadro, mesmo que tenha mais tempo de serviço e melhor graduação profissional;
- pode ser avaliado por outro professor do quadro mesmo que este último tenha menos tempo de serviço mas como já progrediu em bom tempo está a frente;
- pode depois de vincular, apesar de ter penado como contratado 20 anos com baixos salários, ficar a ganhar menos, mesmo tendo mais tempo de serviço que outro professor do quadro.
- podem ser ultrapassados por professores de outros grupos disciplinares mas efetivos e que queiram mudar para o grupo disciplinar do atual professor contratado.


Na filosofia sindical vigente, um professor do quadro que lhes paga quotizações, é intocável e por isso deve ser protegido dos malefícios de um concurso justo em que contratados e atuais professores de quadro concorram no concurso interno em pé de igualdade. Basicamente, na perspetiva sindical os professores contratados nunca foram para defender verdadeiramente, e por isso passaram onze anos desde que a Diretiva 70/99/CE deveria ter sido alegada por organizações sindicais, e nada fizeram, porque sempre acharam que o bolo devia ser só para os do quadro. E o medo que o bolo não chegasse para todos levou a onze anos de esquecimento e a outros tantos de faz-de-conta!


No fundo, neste país sindical medíocre, sempre houve dirigentes, até mesmo e sobretudo ligados a partidos que teoricamente defendem a igualdade, que entre os professores, depressa e sem um pingo de vergonha e coerência, estabelecem que os deve haver de primeira e de segunda.

Assume-se que é normal que assim seja. Uns com um estatuto superior a outros! E porquê? Porque pagam quotas! Ou seja, as organizações sindicais estão-se marimbando para a justiça social, o que verdadeiramente lhes interessa é garantir o seu sustento!

Portanto tudo é uma questão monetária! E o MEC está a deixar enredar-se pelas organizações sindicais em prol de uma podre paz social.

O MEC comete um erro grave nesta cedência ao lobby sindical!... O futuro irá confirmá-lo.

(Post repetido para que a luta continue contra a manutenção desta grave situação de injustiça!)

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