Terei de falar por código. Tal como no tempo da ditadura não democrática, nesta de agora chamada Demos Crática, temos a mesquinhês instalada desde as escolas até ao MEC, num abraço maligno de amplitude da malha de tricô, não mais que isso pela característica genética dos envolvidos.
Disse no último post que me ficaria por aqui ao fim de um ano de defesa intransigente dos professores contratados que, em termos gerais, o são há mais de duas décadas sem que os atores sindicais e do poder político enveredem pela via da resolução deste penoso problema social que afeta a classe profissional mais xingada de sempre em Portugal.
O braço do polvo político chega longe, e os imortais sentem o sabor da vitória quando decidem interferir em processos naturais de pensamento necessários à resolução das injustiças sociais. Há professores nas escolas com conhecimentos na política por via das amizades feitas ao longo das conversas de maldizer. As coisas funcionam assim, pois funcionam, tal como esperávamos que funcionassem. Mas quisemos ter a certeza e o engodo foi lançado. E caíram com muita facilidade com a máscara também a cair, e como deu gozo vê-la cair Deus meu Nosso Senhor!
Mal sabem os abutres da vingança que esta velha carcaça se há-de levantar de novo no esplendor de Portugal, para Educar, doa a quem doer, meta medo a quem meter, gema quem gemer!
Este lado não se cala para ter, pura e simplesmente porque já nada importa o ter, muito mais o ser!
Fui muito inconveniente ao longo deste tempo, sim é claro, tinha de o ser, em consciência tinha mesmo de o ser!
Não brinquem ao faz-de-conta pois isso nunca resolverá o problema dos professores em Portugal, principalmente dos que sentem as agruras do mal viver, os professores contratados, muitos já de cabelos brancos, todos!
Fico contente por terem recusado o que pensavam ser mais tempo para o inconveniente escrever contra a vossa pança, pois dá-me mais garra para continuar a dizer o que deve ser dito, sem qualquer constrangimento que na realidade, ao contrário da fértil imaginação dos decisores, nunca existiria de uma forma ou de outra.
Esta forma de escrita inconveniente mete medo a muita gente, em todos os quadrantes, desde os que pernoitam nas micro-organizações até ao cimo. O medo é deles!
Jamais me calarão, nunca lhes darei tréguas. Foi isso que acabaram mais uma vez de pedir!
Pela liberdade de expressão, por uma conveniente inconveniência!
Jorge Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário
Podem comentar com responsabilidade total pelo que escreverem.