sábado, 3 de novembro de 2012

A culpa! - Auto-santificação dos diretores responsáveis por colocações à margem das regras de transparência

Um manifesto de auto-vitimização por se ter efetuado concursos de Contratação de Escola de uma  certa forma, facultando o acesso ao emprego público a determinadas pessoas que de outro modo ficariam de fora, justamente de fora, pois candidatos melhor graduados ficariam nesses lugares, trouxe à praça pública estes atores, num contra-ataque que revela o desespero de quem se vê em maus lençóis depois de ter tomado decisões erradas à luz de uma filosofia do quero posso e mando. Esqueceram-se estes diretores que no país há um conjunto de leis que ao serem despoletadas, reivindicando justeza nas colocações os poderiam relegar para um patamar de terem de pagar pela asneira. Esqueceram-se que hoje em dia os candidatos estão muito mais alerta, muito mais esclarecidos para avançarem com ações a favor da reposição da verdade, que inevitavelmente deixa mal colocados aqueles que ousam avançar com procedimentos concursais à medida.
E agora, juntaram-se todos à esquina, pois isolados a coisa era mais penosa e soava a desespero de culpa, e ora há que fazer uma reclamação contra a atitude do MEC, veja-se o ridículo, com o argumento de que não foram bem esclarecidos de que, por exemplo, não se podem usar subcritérios como: o candidato deu aulas no agrupamento no ano anterior - pumba, 40 pontos; o candidato tem um olho azul e outro meio acastanhado: pumba, 10 pontos. já está!

Um dia a coisa tinha que dar para o torto! E a quintena depressa se reúne porque em grupo acha que ataca melhor! Está tudo agora a berrar com pena de quem berra, uma berrice que julgam evitar chatices!
Mas atenção, há outros diretores que estão caladinhos como ratos, à espera que se apague a luz, à espera que nada lhes aconteça. Mas também esses não imaginam o que é que as centenas de candidatos que se sentiram ludibriados estão a fazer. Sei que muitos não se queixaram ao MEC por considerarem que nem precisavam disso, pois há legislação a suportar a sua reclamação em tribunal, aliás como veio reconhecer agora o MEC. Há colegas a avançar para as instituições judiciais com queixas contra, não o MEC, mas contra diretores que no uso das suas funções eventualmente tenham prevaricado. E aqui não há imunidade, é garantido! Quem estiver a pensar que vai ser o MEC a indemnizar os candidatos pelos prejuízos financeiros que se desengane, porque os diretores que fizeram concursos à medida não terão a cobertura do MEC, por isso é que o MEC se apressou a publicar a circular em outubro. Portanto desenganem-se, pois o que está em causa é uma responsabilidade criminal que não pode ser amenizada por se alegar desconhecimento da legislação geral em vigor acerca dos concursos públicos. A esmagadora maioria dos prevaricadores leu unicamente o diploma que regula o concurso de professores, e logo andou em busca dos buracos que acharam lhes permitia fazerem o que quisessem para colocarem quem achassem. Mas esqueceram-se de consultar a tal legislação que regula os concursos na Função Publica. E portanto, a velha máxima, ninguém pode alegar desconhecimento da lei vai sobrepor-se ao berreiro que anda por aí, e o MEC não vai pagar por isso.
 Neste momento esses diretores  estão a berrar tão alto, tão alto, que ninguém lhes está a dar ouvidos. O Crato, neste caso não está em maus lençóis, e pode ter a certeza de que, se quiser ir mais longe, os professores estão com ele. Neste caso!

8 comentários:

  1. O problema é este modelo de gestão.
    É urgente substitui-lo.
    As práticas de Diretores prova a urgência da mudança

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  2. uma pergunta: que culpa têm os professores lá colocados nessas escolas disso tudo? por exemplo, o meu horário fou anulado e eu nem aulas dei na escola em qualquer ano. foi tudo a eito!

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  3. A mudança desta forma de gestão, devia começar pela escolha dos diretores.
    Ponto 1- Deviam ser os professores a participar na escolha, pois são os que melhor os podem conhecer.
    Ponto 2 - Não deveria perpetuar-se no tempo a sua gestão. Deviam de estar um período apenas,dando lugar a outros após finalizarem o mandato.
    Voltariam a dar aulas, para não perderem o contacto com a realidade.
    Não vejo que alguém fosse prejudicado se assim fosse.
    Como está é uma ditadura e um salve-se quem puder!..

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  4. É uma vergonha as ofertas de escola, pois os senhores diretores fazem o que querem e lhe apetece. Eu estava bem posisionada nas listas dos não colocados a 31 de outubro e só agora consegui entrar num horário imcompleto. Ainda mais grave é passar por cima das circulares e das suas orientações. Eu fui notificada para entrar em contato com a escola de sever de vouga via email e logo contatei a escola por ter sido selecionada para entrevista, qual o meu espanto ao ouvir uma voz da direção que não ligasse ao mail pk se fosse selecionada seria contatada via telefone. Passados alguns dias vou ver e verifico que foi colocada uma colega atraz de mim cem lugares . Não quiseram que fosse á entrevista para colocar lá uma amiga e isto indigna qualquer ser humano. As ofertas de escola deveriam acabar e todos os horários irem às bolsas, aí sim seria correto e sério todo o concurso. Esses menonos que ficaram colocados em bons horários depois passam-nos á frente só porque não temos amiguinhos nas direções. Também muito me admira os sindicatos não se manifestarem , pelos pobres contratados ninguém faz nada principalmente os sindicatos.

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  5. o comentário acima mencionado é meu e onde se lê 31 de outubro deverá ler-se 31 de agosto. São os nervos de tanta injustiça que nos faz ficar dislexicos.

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  6. tudo muito bonito...conversa muita...muitos melhor posicionados ficaram sem lugar,enquanto outros os sortudos acumulam tempo e vão embolsando o dinheiro que pertencia aos azarentos.

    assim se abusa da democracia,,,deviam ser penalizados,

    estas raosas matreiras vão estragando a vida e a saude mental dos colegas,
    é urgente justiça.

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  7. Atenção! Há casos e casos. No meu caso fui colocada apenas pela minha graduação, pois nunca tinha dado aulas no agrupamento. Vim para Lisboa com o meu filho, de 18 meses e o meu marido. Ficamos os dois numa oferta de escola em TEIP. Não conheciamos absolutamente ninguém nos agrupamentos onde estamos a lecionar. Tivemos de arrendar casa e arranjar creche para o bebé. Agora querem-nos suspender os contratos? Não é justo! Se querem repor a legalidade deviam partir das mesmas listas. Abrindo novo concurso poderão candidatar-se novas pessoas com maior graduação. Além disso já podia ter sido colocada na bolsa a 5km da minha casa. É a vida das pessoas que está em jogo... é triste que muitos colegas não percebam isso!

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  8. Eu até compreendo que a contratação deva ser feita ao abrigo da Lei.
    Mas o que fazer depois de receber a notificação de anulamento do concurso?
    Reclamamos dentro do prazo dos 10 dias?
    Vamos para Tribunal fazer o quê, como?
    No sindicato não me adiantaram nada de especial, até senti que estavam a encolher os ombros e resignados com a situação.
    Eu até nem fui beneficiado, pois estava no início da lista de contratação, mas ainda assim sinto-me DODIFO com a situação.
    Que fazer?

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