Sem vagas à vista não há possibilidade de uma
assinatura séria. Fazê-lo seria o mesmo que assinar um cheque em branco. Mas, mesmo
que existam, o número de vagas não poderá ser inerte deixando quase tudo na
mesma. O quase, não chega!
Ou temos um número de vagas aceitável, ou não podemos
aceitar assinaturas num compromisso do faz-de-conta. Podem até assinar todos, o
que duvido, mas se assinarem um compromisso despido do essencial, do sumo, das
vagas bem definidas por grupo disciplinar, então estarão a trair todos ou parte
dos interessados. Aqueles que pensam que temos uma única negociação estão
redondamente enganados. De facto, não temos uma única negociação, mas cerca de
quatro dezenas de negociações, tantas quantos os grupos disciplinares. Pois
cada grupo é um caso, mas com gente cheia de expectativas que a sua vida melhore
pois em muitos casos acabou de ultrapassar ou já há muito tempo que cruzou o
limiar da dignidade.
Não é aceitável qualquer constrangimento de abertura de
vagas só porque são do grupo A ou do grupo B! As pessoas envolvidas não podem
esperar mais pela tão merecida estabilidade. Nestas negociações não se pode deixar
de olhar para o número de anos de serviço dos candidatos que já não o deveriam
ser há muito tempo. Não é possível que candidatos com muitos anos de serviço
vejam um conjunto mínimo de vagas a serem abertas no seu grupo e a serem
diluídas na alegria de um acordo global com aplausos sindicais. Não é aceitável
um acordo que só produza efeitos assinaláveis unicamente em alguns grupos disciplinares!
Estas negociações são por isso uma guerra de trincheiras, em
que os ganhos se fazem grupo a grupo, com a mesma força negocial quer seja o A
ou o B!
Assinar sem vagas à vista é sinónimo de ingenuidade, NEM QUE
MANDEM VIR QUARENTA PIZZAS!
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