domingo, 11 de novembro de 2012

Sem vagas à vista, quem assinar um acordo estará a trair os professores – obviamente aquela organização sindical que o fizer pagará caro por isso!


Sem vagas à vista não há possibilidade de uma assinatura séria. Fazê-lo seria o mesmo que assinar um cheque em branco. Mas, mesmo que existam, o número de vagas não poderá ser inerte deixando quase tudo na mesma. O quase, não chega!
Ou temos um número de vagas aceitável, ou não podemos aceitar assinaturas num compromisso do faz-de-conta. Podem até assinar todos, o que duvido, mas se assinarem um compromisso despido do essencial, do sumo, das vagas bem definidas por grupo disciplinar, então estarão a trair todos ou parte dos interessados. Aqueles que pensam que temos uma única negociação estão redondamente enganados. De facto, não temos uma única negociação, mas cerca de quatro dezenas de negociações, tantas quantos os grupos disciplinares. Pois cada grupo é um caso, mas com gente cheia de expectativas que a sua vida melhore pois em muitos casos acabou de ultrapassar ou já há muito tempo que cruzou o limiar da dignidade.
Não é aceitável qualquer constrangimento de abertura de vagas só porque são do grupo A ou do grupo B! As pessoas envolvidas não podem esperar mais pela tão merecida estabilidade. Nestas negociações não se pode deixar de olhar para o número de anos de serviço dos candidatos que já não o deveriam ser há muito tempo. Não é possível que candidatos com muitos anos de serviço vejam um conjunto mínimo de vagas a serem abertas no seu grupo e a serem diluídas na alegria de um acordo global com aplausos sindicais. Não é aceitável um acordo que só produza efeitos assinaláveis unicamente em alguns grupos disciplinares!
Estas negociações são por isso uma guerra de trincheiras, em que os ganhos se fazem grupo a grupo, com a mesma força negocial quer seja o A ou o B!
Assinar sem vagas à vista é sinónimo de ingenuidade, NEM QUE MANDEM VIR QUARENTA PIZZAS!

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