quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

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18 de dezembro de 2013

Aqui jaz a prova da indignidade!


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A Prova ou o Crato, o que fica a partir de amanhã?

Adicionar legenda
Depende de alguns boches vigilantes, dos soldadinhos de chumbo ou soldados da razão, dos hipócritas ou corajosos, da ralé submissa ou dos afoitos, da pouca vergonha ou da dignidade, dos vendidos ou dos livres de pensamento.
Nas nossas escolas pode haver de tudo isto, que o há!
Quem vai vencer?
Que Crato teremos depois de amanhã, o Ministro ou o Matemático?
Não depende das vítimas, só dos carrascos, que ou se revoltam, ou mergulham a fuça no esterco.




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

4000 RAZÕES !

São 4000 razões para insistir num concurso extraordinário de vinculação de professores contratados.

4000 a exigir que se faça justiça para todos. Que se cumpra a Diretiva Europeia 1999/70-CE.

Quem não resolver isto, podendo, ficará irremediavelmente arrumado pelas ações futuras dos professores injustiçados e dos solidários.

Pela dinâmica das manifestações contra a PAC, já mostramos que finalmente nos unimos e estamos dispostos a continuar na rua!

Aliás, foram estas manifestações que serviram de ensaio para as que aí vêm. 

Dia 20 de janeiro é o limite! Entretanto a petição avançará, sem esperar por esse dia histórico.

Se quiserem guerra, pois vão tê-la, a diplomática e a outra!

A Comissão Europeia ouviu as razões dos professores contratados portugueses e deu-lhes razão para se mobilizarem para todas as lutas, inclusive na rua!

Até agora os professores contratados não se mobilizavam por descrença no sucesso da exigência de vinculação.

Mas agora, os professores contratados sabem que uma instância superior ao Estado exigiu essa vinculação. É esta a diferença, é este o catalizador da mobilização, AGORA OS PROFESSORES JÁ ACREDITAM QUE VALE A PENA LUTAR, TAMBÉM NA RUA, SOBRETUDO NA RUA, porque as outras lutas seguem as vias normais.

Os professores contratados sabem que estão perto do que sempre ansiaram, a estabilidade profissional. Sabem que a vão conseguir, pois se o governo tentar chutar para a frente, os professores estarão na rua, para exigir a sua vinculação ou a demissão deste governo.

Há uns anos usava-se pedir a demissão de ministros da educação. Mas essa moda perdeu-se no tempo, e ainda bem!

Agora não pediremos a demissão do ME, agora pediremos demissão do governo se não resolver um problema que se arrasta há duas décadas e que atirou milhares de docentes para uma precariedade indigna, com contornos de Apartheid, uma espécie de escravatura dos tempos modernos.

Madiba também cá!

Cada um de nós pode agora ser Madiba. Só tem de saber lutar, resistindo também na rua, sobretudo aí, onde tudo se pode resolver, porque realmente incomoda!

E COMO SEMPRE FOI ASSIM, A DIFERENÇA VAI ESTAR NA RUA.

O GOVERNO QUE SE CUIDE!


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

CRATO EM APUROS: MEC, A MÁQUINA DEVORADORA DE HOMENS BONS OU UM MINISTRO MENTIROSO?! FALTAM 37 DIAS PARA SABERMOS... TODA A VERDADE - EM BREVE PROFESSORES CONTRATADOS DE NOVO NA RUA!


???DO QUE SE DIZ, O QUE SE QUIS DIZER OU NÃO DIZER???

Crato em apuros...

MEC, A MÁQUINA DEVORADORA DE HOMENS BONS OU UM MINISTRO MENTIROSO, FALTAM 37 DIAS PARA SABERMOS... TODA A VERDADE!




"Numa nota enviada ao PÚBLICO esta quinta-feira, o gabinete de imprensa do MEC esclarece que Nuno Crato não anunciou qualquer vinculação extraordinária. Frisa que as frases captadas pela RTP foram proferidas a propósito de medidas tomadas pelo MEC para "dignificar" a função docente (como a prova de avaliação de conhecimentos e de capacidades para docentes) e que Nuno Crato ressalvou: "Temos de olhar não para este ano imediato, mas temos de olhar para o futuro, de ver isto a prazo". Só depois disse: "Devido a aposentações de professores, em breve vamos precisar de sangue novo(...)."

Na mensagem electrónica enviada ao PÚBLICO, o gabinete de imprensa do MEC não esclarece quantas vagas calcula que será necessário abrir nos quadros e quando poderá isso vir a verificar-se. Também não comenta o aviso da Comissão Europeia."

In Público 12/12/2013

A CE em breve saberá disto, que a máquina devoradora de homens ou o homem inconsequente entre o discurso e a realidade, deixa milhares de injustiçados na espetativa de mais uma aldrabice de todo o tamanho.

Domina o homem a máquina dos carreiristas do MEC, ou é devorado com todo o gosto pelos hipócritas iguais a ele, se o for, que parece ser, mas o saberemos daqui a 37 dias!

E é, não é?!

A bomba das manifestações vai para a rua a partir do dia 20 de janeiro, quando expirar o prazo que a Comissão Europeia deu ao governo para resolver o problema da precariedade docente em Portugal.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O que quis dizer o Ministro Crato com: "Em breve abriremos vagas para vinculação de professores contratados, pois é preciso sangue novo nas escolas!"






O problema é que os VELHOS contratados já estão fartos de jogos de faz-de-conta.

O problema é que os novos, os que vão provar no dia 18 que são capazes daquilo que já eram antes da prova o ser, esses, são novos para chegarem onde os outros chegaram tarde de mais.

O problema é que 
se Crato à verdade voltar a faltar , muitos milhares de velhos e novos voltarão a ficar de fora.

O problema é um só, Crato quer cordeirinhos no dia 18 a provar a estupidez fabricada num passe de distração das massas.

A afirmação de Crato só pode ser levada a sério com números em cima da mesa, não com cartas viciadas num jogo embatotado, com uma gamela de promessas para os miseráveis se fiarem que vão vincular num grande número.

Portanto, é tudo uma questão de números!

Que Crato ponha esses números que lhe vão na mente de Matemático em cima da mesa, depois do dia 18, porque antes ninguém se fiará na bondade do Ministro das Promessas.

Que prove por A mais B, que a regra será vincular quem tenha mais de quatro anos de serviço, e estaremos conversados no final do concurso de vinculação.

Se o jogo, mais uma vez for por debaixo da mesa, como o foi o último concurso extraordinário, conte o Crato e os seus discípulos com a minha oposição e com a de milhares que não se contentarão com migalhas.

Afinal, 603 vagas, foram migalhas, não ?!

Se Crato mente, Crato paga.

Se Crato não cumprir, o primeiro serei a erguer-lhe estátua!




E como todos os bonecos de madeira usados 
se podem queimar neste tempo frio!...


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

5 - A indignidade de um número - OS PROFESSORES CONTRATADOS COM CINCO OU MAIS ANOS DE SERVIÇO, NÃO FORAM SALVOS, FORAM DEIXADOS NUMA JANGADA À DERIVA!

A prova não pode existir.

Os professores devem manter-se unidos nesta luta.

Só faltava o Crato obrigar os contratados com 5 ou mais anos a corrigir as provas dos contratados com menos de 5.

A luta deve continuar com o mesmo vigor.

O que está em causa não é o universo de afetados mas a afronta aos professores contratados e os outros.

Por isso, A LUTA DEVE CONTINUAR!

A LUTA DEVE ACABAR QUANDO ACABAR A IDEIA DE PROVA.

 Porque a PROVA já foi uma ideia para eliminar os agora dispensados dela!

O que é que o governo vai fazer a seguir para vos eliminar professores com mais de cinco anos de serviço?!

OS PROFESSORES CONTRATADOS COM CINCO OU MAIS ANOS DE SERVIÇO, NÃO FORAM SALVOS, FORAM DEIXADOS NUMA JANGADA À DERIVA!

O navio está próximo, mas só com persistência e unidade o não deixaremos afastar-se.

Novas lutas estão para chegar, não deixemos o navio afastar-se, lutemos juntos, agora e ainda pelo afundamento da prova!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Prova de Avaliação de Competências - A PROVA DA MONTAGEM DE UMA MENTIRA - O MEC está a mentir aos professores, ao país e à Comissão Europeia

(3/12/2013 - 9518 visualizações) 


O súbito interesse do MEC em colocar no terreno uma prova que merece todos os adjetivos que a tornam tão repugnante deve-se a fatores desconhecidos para os professores e a população em geral.

Não se trata de assegurar qualidade do pessoal docente, não! Trata-se de algo mais profundo que não é de todo fácil de vislumbrar para os professores que são chamados à exterminação, assim, sem mais nem menos.

Primeiro foram os vinte euros que serviram de engodo à discussão de trocos e não da essência.

Depois a parangona dos números, os 37000 professores inscritos, número atirado como se de 37000 caras felizes se tratasse!…

Depois a benevolência do alargamento do prazo. E, um dia destes, virá Crato dizer que os melhores tiveram coragem para se inscreverem na prova, os realmente bons logo se verão, mas que todos merecem uma oportunidade.

 Balelas, mais uma vez!

O que tenho para revelar:

 Até ao momento mantive-me quase em silêncio sobre este assunto, aguardando o momento certo para desmascarar os atuais dirigentes do MEC e os carreiristas que por lá habitam. E faço-o porque está em causa muita coisa, mas sobretudo o ganha pão de milhares de professores, que começo a já não chamar de contratados, porque realmente vão deixar de o ser por imposição da Comissão Europeia ou, na pior das hipóteses, do Tribunal de Justiça da União Europeia.

Como saberão os colegas, tenho-me batido pela vinculação dos professores de todas as formas possíveis e viáveis, nomeadamente junto da Provedoria de Justiça, do Parlamento de Portugal e do Parlamento Europeu. O resultado mais recente dessa ação inicial, com o reforço de outros contributos, foi o ultimato lançado recentemente pela Comissão Europeia no sentido de que fosse apresentada pelo governo português uma solução para a vinculação dos professores contratados com mais de quatro anos a contrato a termo certo.

Este foi o culminar de um processo de alegações da minha parte contrapondo às do ME, em resposta a questões que a Comissão Europeia (CE) me foi colocando acerca da situação dos professores contratados em Portugal na sequência da petição que apresentei em 2009. 

E, ao longo destes quatro anos, fui-me apercebendo da estratégia do ME  que foi no sentido de, mentira atrás de mentira, ir tentando ludibriar a Comissão Europeia de forma a que a causa dos contratados morresse na praia.
 Claro que, como parte interessada, fui tendo acesso às respostas do ME à CE, as quais tive oportunidade de rebater, sucessivamente, uma após outra, encurralando deste modo os respondentes de serviço do ME junto da Comissão.

E numa dessas questões que me iam sendo colocadas (certamente com o conhecimento do ME), perguntava-me a CE se em Portugal o acesso à carreira estava condicionado por alguma Prova de Avaliação de Competências (PAC)! Ou seja, basicamente a CE pouco ou nada sabia do que se passava no nosso país em termos de emprego docente, de forma de acesso à carreira, etc.

 Assim, tive de elucidar a CE, entre outros, acerca deste aspeto: que em Portugal não existia nenhuma PAC, pois os professores eram certificados pelas Universidades e Escolas Superiores de Educação após realização de um Estágio Pedagógico, sem o qual não podiam exercer a profissão. Que essa é que era a VERDADEIRA PROVA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS pois baseava-se no trabalho contínuo do professor a ser certificado ao longo de um ano de supervisão pedagógica.

Mas, esta pergunta acerca da PAC ficou no ouvido dos dirigentes do ME. E, com a evolução do processo associado à petição que apresentei, há algum tempo que o ME se apercebe que não iria ter alternativa senão vincular os professores a contrato, pois a Comissão Europeia há já um ano e meio atrás que vem dando sinais de irritação pelo ME sistematicamente se ter tentado esgueirar à sua responsabilidade com mentiras sucessivas acerca destes professores sem vínculo.

Assim, desde há cerca de um ano e meio que no ME se iniciou o estudo sobre uma forma de vincular o menor número possível de professores naquela situação. Foi em resultado desta busca que, inicialmente, o ME tentou atirar areia para os olhos da CE, fazendo uma vinculação extraordinária para surpresa de muitos, mas que abrangeu só cerca de 2% dos candidatos!

Mas, felizmente, a CE foi alertada em tempo útil e reagiu muito mal a este concurso de fachada, e daí o recente ultimato ao governo para resolver a situação de uma vez por todas. 

Que a Comissão iria tornar pública esta exigência já desde há uns meses se sabia no Ministério da Educação. E por isso havia que avançar em tempo record com uma estratégia que minorasse os custos de uma exigência da CE no sentido de se vincular os contratados.

Lembram-se do que lhes disse há umas linhas atrás? Que a Prova de Avaliação de Competências sobre a qual a CE me tinha questionado ficou no ouvido de alguém?!

E esse alguém foi precisamente esta equipa ministerial, certamente alertada pelos carreiristas do ME para esta janela de oportunidade que era a PAC, para de uma forma artificial reduzir em muito o número de professores vinculáveis. Que, de futuro, mais fácil será justificar junto da CE que não se vincularam muitos professores porque, segundo os resultados das provas realizadas, não estavam aptos para exercerem a profissão!

 No pensamento obtuso dos dirigentes do ME e seus carreiristas conselheiros, passou e passa qualquer coisa como: "Pois se a existência da prova foi uma pergunta da Comissão Europeia, que jeito nos dará agora para afunilarmos as entradas nos quadros dos professores sem vínculo!

É a estratégia do desespero de um ME sedento, a todo o custo, por contenção de custos!

E é isto que pretendo denunciar à Comissão Europeia, a Prova de Avaliação de Competências como uma fraude, uma mentira, mais uma do governo para não vincular que tem de vincular ao abrigo da Diretiva 70-99/CE. Uma prova feita a quem já há muito tempo tinha os quatro anos e que, por isso, ao abrigo desta Diretiva, já há muito tempo que deveria ter entrado nos quadros! 

Quem acha difícil convencer a CE sobre isto está redondamente enganado, pois a irritação desta é grande com o novelo de mentiras do Ministério da Educação.

A prova mais clara, que faz encaixar todas estas peças que acabo de revelar é a seguinte:

- O ME quis que todos os professores sem vínculo, mesmo aqueles com muitos anos de serviço, fizessem a todo o custo a PAC. Não vos soa estranha esta exigência?!

- Razão: o objetivo de minorar as entradas nos quadros não se compadece com questões menores como experiência profissional (pensam eles!).

O comboio está em andamento. Se no dia 18 de dezembro os professores entram ou não nas câmaras de extermínio, isso depende do que fizerem no comboio durante a viagem!

Jorge Costa

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Professores Contratados /inconstitucionalidade - Acabo de apresentar queixa ao Provedor de Justiça com um pedido para solicitar ao TC a declaração de inconstitucionalidade da precariedade dos professores contratados

Queixa

Entidade visada: Ministério da Educação e Ciência

Razões:

Exmo. Senhor Provedor de Justiça

Eu, Jorge Costa, autor das petições apresentadas ao parlamento nacional e da União Europeia a solicitar a vinculação de professores contratados, muitos há 10, 15 e 20 anos, venho denunciar o que se traduz por uma clara ausência de respeito dos mais elementares direitos dos cidadãos que se encontram consagrados na nossa Constituição.
 De referir que a petição que coloquei à consideração do Parlamento Europeu, pela inércia do governo português, evoluiu para um recente ultimato da Comissão Europeia ao Governo de Portugal no sentido de resolver o problema entre-portas, caso contrário a Comissão irá apresentar uma queixa contra o Estado Português a interpor junto do Tribunal de Justiça da União Europeia.

Senhor Provedor de Justiça, venho junto de V.ª Ex.ª solicitar que que atue para resolver internamente este grave problema social que afeta milhares de professores contratados há longos anos no nosso país. Assim, proponho a V.ª Ex.ª que avance rapidamente com um pedido de declaração de inconstitucionalidade acerca da manutenção de professores a contrato a termo há mais de quatro anos (chegando a existir no sistema milhares de professores com 10, 15 e 20 e mais anos de serviço que nunca foram integrados na carreira docente), permanecendo numa situação de precariedade e de desigualdade, com um salário mais baixo face aos professores dos quadros das escolas com idêntico tempo de serviço.
 Este pedido de declaração de inconstitucionalidade da manutenção desta grave situação de desigualdade social entre profissionais que exercem, na sua essência, idênticas funções, baseia-se na convicção do ferimento do princípio constitucional da igualdade de tratamento dos cidadãos, consagrado no n.º1 do art.º 13 da Constituição da República Portuguesa:

 " Artigo 13.º 
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei." 
 Complementando este pedido, proponho que seja igualmente solicitada a declaração de inconstitucionalidade do artigo que impede a entrada nos quadros ao fim de quatro anos a contrato, consagrado no diploma referente ao Regime de Trabalho em Funções Públicas, mais concretamente o ponto 2 do artigo 92.º que diz: "O contrato a termo resolutivo não se converte, em caso algum, em contrato por tempo indeterminado, caducando no termo do prazo máximo de duração previsto no presente Regime ou, tratando -se de contrato a termo incerto, quando deixe de se verificar a situação que justificou a sua celebração."

É igualmente importante que seja colocado este diploma em confronto com o Código Laboral, aplicado ao setor privado, para vincarmos o ferimento do Princípio da Igualdade, consagrado na Constituição da República Portuguesa, entre cidadãos que exercem funções idênticas (no caso em apreço funções docentes), no setor público e no setor privado, no que se refere à integração nos quadros (só no setor privado é que ocorre a obrigatoriedade de integração no quadro ao fim de quatro anos).

 A par destas alegações, sugiro ainda a anexação a este processo do documento enviado pelo Provedor de Justiça, antecessor de V.ª Ex.ª, ao Ministério da Educação e Ciência em Maio de 2012, reconhecendo a razão dos professores contratados há mais de 4 anos ao pedirem para ser integrados nos quadros.

 Tendo a certeza do melhor seguimento dado ao pedido que apresento ao senhor Provedor de Justiça, despeço-me com os melhores cumprimentos.

Jorge Costa
(Professor do Ensino Secundário)


sábado, 23 de novembro de 2013

Se o governo chutar para a frente, a vinculação dos professores contratados vai custar muito caro ao país - Passos Coelho e Crato deverão ser responsabilizados por isso - como? Vejamos...

Caso o governo não acate a exigência da UE para vincular rapidamente os professores contratados com mais de quatro anos de serviço docente prestado em escolas públicas, o país deverá responsabilizar no imediato Passos Coelho e o seu governo pela irresponsabilidade de atirar Portugal para mais um buraco financeiro de cerca de 500 milhões de euros, tanto quanto o valor (calculado por baixo) das indemnizações a que o Estado ficará obrigado a pagar a todos os professores contratados que não entraram nos quadros em devido tempo. Não é que seja injusto que assim seja, pois quem andou estes anos todos na precariedade bem merece uma indemnização remediadora da humilhação social a que esteve sujeito. No entanto, o Estado poderá eventualmente poupar muito deste dinheiro caso a vinculação destes professores avance já.

Persistir na ilegalidade da precariedade dos professores contratados, dá a Passos Coelho e ao seu governo o estatuto de irresponsáveis orçamentais e estarão a atirar para a frente o problema, o que convém que se saiba será interpretado pelo povo português como um ato irresponsável de alta densidade. Estarão os portugueses dispostos a renovar a confiança política num governo irresponsável ao ponto de se marimbar para a saúde das finanças públicas a médio prazo?!

 O paradoxo do ato de vincular professores contratados versus finanças públicas saudáveis, está no facto de que, a ocorrer uma vinculação voluntária, as finanças públicas não padecerão de uma forma muito penosa, caso contrário se Passos adiar para depois o inevitável, entenda-se deixando escorrer uma condenação pelo TJUE para mais tarde, os custos para o país serão a quadruplicar ou quintuplicar.
 A estas indemnizações há que contabilizar o acréscimo dos salários renovados por via de uma integração forçada nos quadros de milhares de professores, o que ficará nos anais da história jurídica do Tribunal de Justiça da União Europeia, como o castigo mais severo a um Estado membro da UE.

Por isso, caso Passos recuse a imediata vinculação dos professores contratados, como exige a Comissão Europeia, tal será denunciado ao país como sendo de uma irresponsabilidade de todo o tamanho, e portanto um governante destes deve ser julgado pelos eleitores no momento da verdade.

Adiar é o que se tem feito desde pelo menos há vinte anos com os professores contratados. Mas adiar agora não é o mesmo que nessa época. O mundo mudou, as responsabilidades exigem-se a quem as têm! Nas redes sociais elas pedem-se com uma frequência estonteante, e a comunicação social está cada vez mais atenta às opiniões nestas zonas da www.

Se Passos&Crato querem sobreviver politicamente vão ter de se esforçar por uma vinculação rápida de professores contratados.

 Senão, cá estaremos para espalhar a notícia da irresponsabilidade no devido tempo!

Jorge Costa




A persistência vai continuar, agora com outras armas, mais afiadas!





A notícia completa: 


Europa força 12 mil professores no quadro


Governo forçado a vincular 12 mil


Comissão Europeia dá dois meses para vincular professores com pelo menos quatro contratos. Incumprimento pode custar 480 milhões de euros.

O Estado Português arrisca-se a pagar cerca de 480 milhões de euros aos professores contratados se não cumprir uma intimação ontem feita pela Comissão Europeia (CE), que obriga a vincular ao quadro docentes que assinaram pelo menos quatro contratos anuais consecutivos com o Ministério da Educação e Ciência. Na sequência de queixas de centenas de professores que chegaram a Bruxelas, a CE deu ontem a Portugal dois meses para cumprir a diretiva comunitária 70/1999. Se não cumprir, a CE recorre ao Tribunal de Justiça da União Europeia.

Jorge Costa, de 47 anos, o primeiro professor a apresentar queixa a Bruxelas, em 2009, revela que junto ao processo de infração aberto pela CE está um pedido de indemnização, que pode sair caro a Portugal. "Isto é o culminar do processo e, neste momento, o Estado Português já só tem a ganhar se integrar rapidamente os professores nos quadros, porque se deixar ir para tribunal arrisca-se a pagar um pedido de indemnização que foi junto ao processo", disse ao CM Jorge Costa, que integra a Associação Nacional de Professores Contratados.

A diretiva comunitária deveria ter sido aplicada por Portugal em julho de 2001 e a compensação exigida refere - se à diferença entre o salário que os professores ganharam nestes 12 anos como contratados (cerca de 1370 euros brutos) e o que ganhariam no quadro. "Em média, serão 40 a 45 mil euros por cada professor" refere Jorge Costa.

João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação, calcula que no âmbito da intimação da CE haja "12 a 15 mil docentes" em condições de se vincularem ao quadro. Fazendo as contas pelos valores mais baixos apontados, chega -se aos 480 milhões de euros. Já se o ministro Nuno Crato acatar a notificação da CE e vincular 12 mil docentes, o Estado gastará cerca de 75 milhões de euros por ano a mais em salários.
(...)

in Correio da Manhã




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

PETIÇÃO COM RAZÃO! - A decisão chegou - a justiça para os professores contratados construiu-se passo a passo - hoje foi o epílogo de uma longa luta.


A Comissão Europeia fez um ultimato ao governo de Portugal para resolver imediatamente o problema da não vinculação de professores contratados sucessivamente ao longo dos anos, muitos dos quais há dez, quinze e vinte e mais anos. Foi o culminar da luta que iniciei em 2009 com duas petições, uma no parlamento nacional e outra junto do Parlamento Europeu. Da primeira, discutida no parlamento em Abril de 2010, saiu uma resolução que recomendava a integração nos quadros dos professores a contrato há mais de dez anos e que tivessem lecionado no mínimo 6 meses em cada ano. A segunda petição, entregue no PE, visava o mesmo objetivo, mas exigindo uma vinculação de todos os professores com mais de 4 anos de serviço, dando cumprimento à Diretiva 70/CE-1999, que deveria ter originado legislação nacional e entrado em vigor em Julho de 2001 em todos os estados membros. Ora o Estado Português nunca chegou a levar por diante esse compromisso a que era obrigado, mantendo os professores contratados numa difícil precariedade. Aquando dos pedidos de esclarecimentos da Comissão, ao longo destes anos desde 2009, insisti sempre na necessidade de que se o processo transitasse para o Tribunal de Justiça da UE, fosse exigida a par da integração nos quadros, uma indemnização para cada professor lesado correspondente à diferença de salário que auferiram desde o momento em que deveriam ter entrado para os quadros do ME e o salário que deveriam ter auferido se de facto tivessem ingressado nos mesmos, considerando as progressões previstas no Estatuto da Carreira Docente em vigor ao longo dos anos. E é isto que está em cima da mesa de momento.
 E nesta mesa estão dois objetos:
De um dos lados a resma de contratos precários que urge eliminar por integração voluntária dos seus titulares nos quadros.
E do outro lado da mesa, o martelo da JUSTIÇA EUROPEIA, que pode doer bem mais ao Estado Português.

QUAL DOS DOIS LADOS O MEC VAI ESCOLHER?!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

87 anos - parabéns pai!

Anteontem perguntou à minha mãe onde estava o pai dela, e ela respondeu-lhe que há 50 anos tinha ido para um sítio melhor do que este mundo em que vivemos.

 Depois perguntou-lhe pela mãe dela, ao que respondeu da mesma forma.

 Depois, baixou a cabeça e fez aquele silêncio...

Mesmo assim, é tão bom continuar a tê-lo por cá!


sábado, 5 de outubro de 2013

DIA MUNDIAL DO PROFESSOR - AQUI JAZ!


+     
Aqui jaz...
... uma carreira...
... uma progressão...
... um subsídio de Natal.
... um integral tempo de serviço...
... saudosos quadros de nomeação definitiva...
... quatro salários derretidos em impostos por ano...
... um professor desiludido, com uma vida miserável...
... uma escola pública, com cheques para os queques...
AQUI
JAZ
AQUI
TUDO
FICOU
PODRE!
ESTA É A TERRA QUE OS HÁ-DE COMER, AOS IMBECIS!
A    RAIZ   DO   PROBLEMA    É    SÓ     UMA,    ELES     SABEM    QUEM     SÃO!


E TU, NÃO!?  




terça-feira, 24 de setembro de 2013

PETIÇÃO, COM RAZÃO - diz não à passividade, diz não à precariedade! E tu colega que já assinaste, pergunta aos teus amigos e familiares se acham bem que te mantenham 5, 10, 15 e até 20 anos a contrato, sem direitos, descartável!

Hoje como ontem.

Queres isto para ti, ou vais lutar, mobilizar?

Diz aos teus amigos que podem ajudar, pede-lhes para assinar.

Dá-lhes essa responsabilidade de ajudar a acabar com esta escravatura laboral dos tempos modernos.

Hoje como ontem, há quem resista. Podes ser um dos nossos!

Não te deixes ir abaixo, isso é o que eles querem, eles, os de sempre.

Acredita que há gente boa, que te quer ajudar, estão perto de ti, são os teus verdadeiros amigos.

Temos mil, havemos de chegar depressa às quatro mil, com a colaboração de todos.

 A tua assinatura não chega, traz quatro amigos também!

Que assinem, que te ajudem a dar um murro na mesa onde come a hipocrisia:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N70779

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O POÇO É PROFUNDO, tão fundo quanto a indignidade da tua situação de descartável, não queres isto pois não? Quem quer descer?



Quem quer ir para o fundo do poço?

Vais deixar que te escurrassem do ensino, com uma prova de avaliação de competências manhosa ou que te excluam por engenharias curriculares troikistas, que ponham fim à  tua vida profissional e ao bem-estar dos teus?

Vais deixar que deitem fora os teus anos de serviço, a tua experiência acumulada por imensos sacrifícios pessoais ao longo dos anos em que a família muitas vezes ficou para segundo plano?

Vais deixar que te usem e abusem da tua vida e depois te deitem fora, para o fundo da indignidade com uns trocos durante o tempo que vais ter se tiveres o escasso subsídio de desemprego?

Vais deixar que te hipotequem o teu futuro?

Vais mergulhar nas trevas do fundo do poço cavado propositadamente para ti pela corja de aprendizes de governantes que se limitam a cortar, cortar, cortar em ti?

Vais assinar a petição para resolveres o teu futuro, ou vais continuar a ficar quieto, à espera que os outros resolvam a tua vida?

Não te mexas não, e já vais ver que o poço é mesmo muito fundo. E depois de lá estares, já não há remédio!

Vá, assina esta petição, é por ti que o farás!

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N70779


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

VAMOS RESOLVER ISTO DE UMA VEZ POR TODAS! ASSINA ESTA PETIÇÃO POR UM NOVO CONCURSO EXTRAORDINÀRIO DE PROFESSORES CONTRATADOS EM 2014


PETIÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA E AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POR UM CONCURSO EXTERNO EXTRAORDINÁRIO DE PROFESSORES CONTRATADOS EM 2014

Vamos todos exigir um CONCURSO EXTERNO EXTRAORDINÁRIO DE PROFESSORES CONTRATADOS EM 2014, que tenha em conta as reais necessidades permanentes do sistema de ensino público dos últimos anos. Assina esta petição e divulga-a juntos de todos os Professores Contratados e restantes portugueses. 

Assina já em:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N70779



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A coragem para expulsar os vendilhões do templo!


Papa quer transformar conventos vazios em asilos para refugiados

Francisco defende que os conventos não devem servir para a Igreja ganhar dinheiro.
Papa discursa no centro de refugiados de Astali, 

O Papa Francisco apelou nesta terça-feira às ordens religiosas em Roma para que dêem abrigo aos refugiados nos conventos vazios, ao invés de os transformarem em hotéis de luxo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CRATO, O ANJO. PROCURA-SE QUEM O AME!



AMAI-ME COMO EU VOS AMEI!

Discordo deste cartaz porque:

Este homem é bom...
... a dizer que todos os professores são para colocar a tempo e horas!
... porque abriu um concurso extraordinário de vinculação de professores que colocou 603 de 23000 candidatos!
... porque abriu um concurso externo ordinário que colocou 3 candidatos de 60 000 professores contratados que concorreram!
Que diz que as criancinhas estão bem em centros escolares novos em folha, com três dezenas de crianças na mesma sala, a 40 KM de casa, mas com o conforto do autocarro que os leva confortavelmente a dormir para a escola!
,,, Inaugura escolas já inauguradas porque é mais bonito assim!
,,, obriga os preguiçosos dos contratados a fazerem uma prova para mostrarem o que valem!
... diz que quer cortar as gorduras (professores) nas escolas!
... cria mega-agrupamentos e poupa nas ajudas de custo de quem tem de se deslocar entre escolas a bem das finanças públicas!
... que quer dar o cheque ensino aos alunos do privado!
... que quer liberdade de escolha da escola privada aos pais betinhos dos filhos da betice!
... que dá tudo por um bom discurso embelezado pelos candeeiros da Parque Escolar!
... que não fala com os representantes dos professores contratados, por serem coisa de somenos importância  !
Que nunca cumpriu com a caducidade do contrato porque não pôde e que em véspera de eleições resolveu ajudar o partido satisfazendo os contratados com um chequesito que representa um centésimo do que teriam direito se já tivessem ingressado nos quadros! Mas deu!!!

Este é um bom...

BOM MENT...A LISTA, SAI OU NÃO SAI?





Mais um para a lista - Que lição de vida!



Descubra quem você é.
Descubra as diferenças/ semelhanças entre as três imagens.
 Se não conseguir, é um Político Português ou potencial candidato.






Que lição para os vaidosos dos governantes deste país em crise.

Meteu-os num bolso!
É preciso que ande nele, e certamente vai andar.
Em que carro vai andar a segurança atrás dele? Pelo menos fica o simbolismo do gesto!

Mais um dia invulgar no Vaticano: o papa Francisco recebeu de um padre italiano um Renault 4, um modelo clássico de 1984. 

Consta que o veículo tem já 300 mil quilómetros de rodagem, mas tal não impediu que, de acordo com a BBC, Francisco saísse do local da entrega ao volante, no último sábado.

O carro foi entregue pelo padre Renzo Rocca, de uma paróquia de Verona. Rocca disse ter ficado tocado pelo pedido de um estilo de vida mais humilde que tem feito, e escreveu ao papa oferecendo-lhe o seu carro; Francisco telefonou-lhe, então, perguntando se tinha a certeza, pois o carro poderia fazer falta a outras pessoa, e se Rocca tinha outro carro para si.

Por coincidência ou não, Francisco disse que estava acostumado a conduzir um carro igual na Argentina, pelo que nem precisou de grandes indicações.




terça-feira, 10 de setembro de 2013

PUM! Professor faz 14 roubos armados!



Docente de Português lançou-se em vaga de assaltos armados a bancos e farmácias. Uma história para acompanhar com o CM, edição em papel de hoje.

Se foi por necessidade está perdoado!


Se foi por prazer, não. Se foi por ter de alimentar os filhos, significa ter de ser professor contratado, perfil essencial para se ser assaltante por urgência da vida e quebra dos horrores vividos na precariedade!


Se for contratado, aplaudimos a iniciativa, desde que a arma fosse de plástico e tenha sido usada no último Carnaval de Torres Vedras!

Ao que chegamos!...

Mas se for professor do quadro, então merece cadeia!

A não ser que tenha roubado para dar aos pobres, ao povo, à ralé, digo, aos professores pobrezinhos, aos contratados, como algumas galinhas do quadro pensam mas não dizem. Se assim for, merece estátua!!!

E vai PUM nesta classe bem comportada, obrigatoriamente bem comportada! 

Quem diria, um professor!!!


Não é que muitos professores não tenham já pensado nisso, não o dizem, principalmente aqueles com contas para pagar, subsídio de desemprego a acabar, família a penar, Estado a xular, e não tarda nada missa pra rezar, pelos outros pelo próprio, que no desespero resolveu atuar?!


Que se cuidem os de cima. porque as mulas de carga chegaram pra roubar, não há nada que pensar se for para lhes dar, forte e feio para os pôr andar, então que contem comigo, não pra roubar, mas para dar, forte, feio, pra atirar a quem instalado está lá no conforto do grande lar, a mamar, sempre a mamar, na mama do poder que nos está a matar. 


E, PUM! PUM! PUM!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

LISTAS DE COLOCAÇÃO - uma questão de respeito ou uma questão de mau gosto?!



Porque é que o MEC não divulga data exata de saída das listas desde há muitos anos a esta parte?

Medo do erro informático (?) porque gato escaldado... ou porque há uma perversidade masoquista em relação aos professores contratados e aos professores em geral. O respeito já o sabemos que é nenhum.

 O medo das criaturas políticas é por demais evidente, de que alguma coisinha falhe e valha-nos Deus, as perdas de eleitores que significaria se nos saísse um qualquer erro informático que nos responsabilizasse por uma data que apontássemos e que saísse furada.

 No tempo do outro governo de direita a coisa correu muito mal porque umas abéculas fizeram com que a coisa corresse mal, muito mal na colocação dos professores, data apontada e falhada após data reapontada e falhada. A partir daí foi como que um pacto entre o MEC e as principais federações sindicais de professores que ainda hoje à falta de indicação de uma data de saída das listas, preferem calar-se. Pois é, calam-se porque na sua essência só está em causa a vida de milhares de professores contratados, porque os do quadro, digam o que disserem, estão calçados.

 Por isso, tanto FNE como Fenprof deixam a coisa andar ano após ano, assobiando para o lado e deixando milhares de contratados numa ansiedade de bradar aos céus. Até nesta atitude se vê o empenho dos crápulas, e falo dos dois, os que mandam e os que fingem ser defensores dos professores contratados. Tanto a FNE como a FENPROF revelam uma falta de caráter de todo o tamanho, do tamanho do esquecimento a que têm votado os professores contratados desde há vinte anos a esta parte, com particular incidência na última dúzia de anos, tantos quantos aqueles que fizeram por não alegarem a diretiva europeia que obrigava a vincular os professores contratados com mais de quatro anos de serviço e que deveria ter entrado em vigor em Portugal em julho de 2001!

Esta coisa das datas, as de saída de listas, é coisa menor para quem está alapado nos sindicatos da praxe, pois o traseiro só é incomodado quando têm de se levantar para atenderem mais um chato de um professor contratado sindicalizado que acaba de chegar para saber a data de saída das listas. E o funcionário professor sindical responde-lhe encolhendo os ombros:

- Ó colega, tenha paciência, espere um bocadinho que eu vou ali fazer uma chamadinha para o MEC a ver se eles me dizem alguma coisa! (como se estivesse estado à espera que o desgraçado do contratado sindicalizado ao engano ali chegasse para lhe fazer a deferência!)

O contratado sindicalizado ao engano, aguarda ao engano esperançoso que venha resposta na boca do gordo funcionário professor sindical. 

Após uma espera demorada, durante a qual o contratado foi lendo uma revista sindical sem uma única referência aos professores contratados, e durante a qual o professor obeso sindical foi ao bar comer uma tosta mista, beber um Sumol, comer um TWIX e fumar dois cigarros e meio, eis que chega a resposta:

- Fui atendido prontamente, e disseram-me que estão a fazer todos os esforços para as publicarem ainda esta semana! Que em princípio na próxima sexta-feira 6 de setembro sairão!

E mais não disse, pois o contratado, magro como um cão, logo lhe retorquiu:
- Mas isso foi o que me disseram na semana passada quando telefonei para o MEC. Aliás, quando cá vim na semana passada depois de ter feito esse telefonema, disse-lhe isso não se lembra? Caramba, há aí uma confusão pois hoje são 9 de setembro!!!

O professor sindical obeso ficou embasbacado, mas disfarçou bem e acrescentou:
- Bem, pois... agora que me diz isso, eu bem que fiquei com a impressão de que estive a falar com a gravação do atendedor automático do MEC!

O magro foi-se embora e nunca mais voltou!

domingo, 8 de setembro de 2013

A LISTA DE CRATINDLER: É ISTO QUE QUERES PARA O TEU FUTURO, OU VAIS FINALMENTE LUTAR?!

Colocados e não colocados, destas listas depende o futuro de muita gente, ou... talvez não!

O futuro faz-se com luta, com armas certeiras, com participação ativa, na rua se for preciso.

Vamos usar as armas necessárias, sem restrições pautadas pelo politicamente correto.
 Nas guerras pela sobrevivência só se deve mesmo atender à Convenção de Genebra.

 O resto, costuma ficar à consciência de cada um.

 Mas, o inimigo que se cuide, pois os professores contratados atingiram o limite, ultrapassaram-no e já estão longe dele!

Nos próximos dias passaremos À AÇÃO, quem quer vir daí?!

sábado, 7 de setembro de 2013

Perante isto, o que fazer? Sei, mas ainda não digo!

OS “COISOS” CONTRATADOS
(Desabafos de um ingénuo aspirante a professor)

Há 16 anos que sou um professor contratado... Peço perdão por ter usado o termo "PROFESSOR". Isso não posso ser. Certamente não o serei. Serei um solidário contratado, um participante de união da classe docente contratado, um "pato" contratado, um totó contratado, enfim, uma qualquer "coisa" contratada, que não um "PROFESSOR". Se fosse “PROFESSOR”, era tratado mal, como têm sido os professores, e eram-me, de quando em quando, repostas algumas injustiças como o têm sido aos professores. A mim e a milhares de "coisos" contratados deste país tiraram tudo. Estar aqui a enumerar o que tiraram parece-me ridículo. Lembrar-me enoja-me. Hoje não vou por aí. Estou cansado, com vontade de desistir. Sejam Nunos, Lurdes ou sei lá quem, estão longe. São estratosféricos e todos da mesma cor: castanha, cor da terra que lentamente nos decompõe depois de mortos. Portanto, hoje não é para eles. Hoje é para aqueles que me chamam "colega", coisa na qual confesso ainda ter tido a ingenuidade de acreditar durante uns anos. Entendem? Os “PROFESSORES” mesmo. Pronto, está bem, eu digo: os do “quadro”.
Há uns anos, quando era ministra da educação a Sra. Maria de Lurdes Rodrigues, a classe docente entrou em polvorosa (e muito bem, na minha opinião), devido à questão da avaliação docente. Megamanifestação em Lisboa, muita luta, muita união... Alguns, com a t-shirt de 60 euros do "Che" vestida, cantavam com todas as suas forças a "Grândola vila morena" do... “José Cid”. Há coisas que nunca mudam…
Nessa altura, estava colocado numa escola do centro do Porto. Éramos obrigados a entregar os famigerados objetivos individuais. Corria o boato que quem não o fizesse, teria penalizações gravosas. Os casos “Charrua” sucediam-se. Então, pensando nos meus encargos mensais, na situação laboral ainda mais precária da minha mulher, nas duas filhas pequenas (uma delas recém-nascida), apoderou-se de mim um sentimento que me era proibido: medo. Entre cerca de 200 professores, fui o primeiro a assumir que entregaria os objetivos individuais. Uma colega, do alto dos seus 30 anos de serviço, interpelou-me. “Então colega, onde está essa solidariedade?” Esta colega, na dita megamanifestação, numa das primeiras filas, empunhava um cartaz com os ditos “Em defesa da escola pública”. Essa colega tinha dois filhos a estudar no ensino privado… Obviamente, disse-lhe: “Por favor, passe-me um cheque com o valor dos meus salários até ao final do ano letivo, para o caso do sofrer a dita penalização, e, com todo o prazer, não entregarei os objetivos individuais.” Claro que também lhe perguntei por onde tinha andado a sua solidariedade face aos problemas gravíssimos que já atingiam os “coisos” contratados há muitos anos.
A partir desse dia, muita coisa mudou na minha forma de ver esta classe.
Saltemos uns anos. 2013. Greve às avaliações. Greve em que a participação dos contratados era fundamental para a consecução dos objetivos da mesma. Os motivos para a convocação desta greve eram inúmeros e mais do que justificados. Participei.
No dia em que os sindicatos (recuso-me a dizer “nossos”) cantam vitória, entro na sala dos professores da minha escola e o regozijo é generalizado. Leio o memorando de entendimento e não vejo uma única medida específica para os “coisos” contratados. Vários colegas me confrontaram com uma série de medidas que fariam com que os contratados também fossem beneficiados. Reafirmei que não existia uma única medida destinada especificamente aos contratados. Subitamente, lembrei-me: no pré-greve os professores do quadro poderiam ver-se na contingência de ser colocados até 200 quilómetros de casa. Com a greve, conseguiu-se reduzir essa distância para 60 quilómetros. No pré-greve um “QZP” era obrigado a concorrer a 2 QZPs. Com a greve, essa obrigatoriedade passou para um QZP mais um agrupamento de outro QZP. No pré-greve, um “coiso” contratado era obrigado a concorrer a dois “QZP. Com a greve… nada mudou. Interpelei um senhor que estava presente na sala, expondo-lhe esta gritante injustiça. O senhor era “PROFESSOR DO QUADRO”. Respondeu-me: “Olhe colega, para vocês até é bom. Assim têm mais oportunidades de emprego…”. Não sou rancoroso. Por isso, espero que, se um dia, o senhor e a sua família tiverem a infelicidade de o ver entrar num qualquer quadro de mobilidade, não o obriguem a concorrer até ao Paquistão para assim lhe… aumentar as perspetivas de emprego.
Em suma, estes são apenas dois exemplos ilustrativos da total falta de conhecimento que a maioria dos professores tem dos problemas que afetam “coisos” contratados deste país. De certa forma, até compreendo esse desconhecimento. O que não posso aceitar é que apenas se reivindique união, solidariedade e companheirismo quando os problemas são no meu umbigo.
Então o que fazer? Tendo apenas por base um pormenor, das dezenas de problemas que poderia enumerar, pergunto aos sindicatos que negociaram o “fantástico” acordo o seguinte: porque não se negociou a obrigatoriedade de concorrerem os contratados a dois “QZPs”? Seria um pormenor assim tão duro de alcançar quando se conseguiu reduzir a área geográfica para todos os outros?
Para terminar, e enquanto “coiso” contratado” de Biologia, quero apenas dar uma notícia de cariz científico. O ser humano é heterotrófico. Precisa de se alimentar todos os dias para sobreviver. Há alguns anos, sem que os “PROFESSORES” ou sindicatos se tivessem apercebido, os “contratados” sofreram uma mutação. Passaram a ter a capacidade de ser autotróficos numa parte do ano. Passo a explicar: um PROFESSOR e mesmo alguns “coisos” contratados recebem 14 meses por ano (ou por aí…). Um “contratado”, terminadas as avaliações, está no desemprego. Durante os meses de julho e agosto não tem despesas. Isso é para seres inferiores. Entra em fotossíntese e não precisa de comer. Estão a ver? Nem tudo é mau…
O tamanho da ironia deste último parágrafo é diretamente proporcional à tristeza, desprezo, falta de esperança e total falta de respeito pelos professores contratados deste país.
E nós estamos a deixar…

P.S. As generalizações são sempre abusivas e perigosas. Quero pedir desculpa a muitos colegas professores dos quadros, alguns, queridos amigos, para quem este texto é injusto. Sei bem que nas nossas escolas, há pessoas coerentes, capazes de lutar por causas e não apenas pelos seus interesses. A esses, as minhas desculpas. Aos outros, não!!!

R. F.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A entrevista do César à SIC notícias - É disto que precisamos pela nossa causa: oiçam lá pelo meio a intervenção da Sofia Barcelos a apelar a nova vinculação extraordinária de professores contratados em 2014. É claro que tem de se realizar!

https://www.youtube.com/watch?v=YMNiyC2cMQE&feature=player_detailpage

A ANVPC na SIC notícias, com César Israel Paulo a defender os professores contratados

"Perseverança não é uma corrida longa, são muitas corridas curtas, uma após a outra." Autor - Elliot , Walter
Bem pode ser aplicada esta citação à atuação da ANVPC durante o último ano, dado o intenso número de ações que foram encetadas em prol dos Professores contratados. Bastará consultar www.anvpc.org e mais recentemente, todas as ações realizadas durante o mês de Agosto e no próprio dia de ontem, a presença nos centros de emprego e na participação em diversos meios de comunicação social.
AMANHÃ, DIA 4 DE SETEMBRO, o presidente da ANVPC vai estar presente no programa OPINIÃO PÚBLICA na SIC Notícias a partir das 11h10.
Temas que têm preocupado a ANVPC, como a realização de uma vinculação extraordinária em 2014, as colocações da Contratação Inicial somente na 1ª Reserva de Recrutamento, a circular da DGAE sobre habilitações adequadas para a docência, a prova de ingresso, a precariedade docente de Professores com 10, 15 e mais anos, serão certamente objeto de reflexão naquele programa.
ASSISTE AO PROGRAMA E PARTICIPA ATIVAMENTE NO DIRETO.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Que BOM! Professores contratados em Setembro serão pagos como se dessem aulas desde dia um !!!

Que fantástico!

Agora só falta a vinculação que a FENPROF exigiu nos tribunais!

Os professores contratados estão todos muito contentes e até já ponderam o voto massivo nas cores do arco governativo. Uau, justiça na precariedade, salário desde o dia 1!

O pior é o que está para vir. as LISTAS DE COLOCAÇÂO, digo, de NÂO COLOCAÇÂO!

Vais continuar a ficar parado a espera que enterrem teu futuro e o dos teus?!


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"Temos de fazer contratações que correspondam às reais necessidades do sistema educativo" - estas devem gerar, no mínimo, o mesmo número de efetivações já no próximo ano!

Declarações do SE Casanova: 

"Temos de fazer contratações que correspondam às reais necessidades do sistema educativo"



Então precisa-se de um concurso extraordinário de vinculação de professores contratados já em 2014, com um número de vagas coincidente com as colocações de contratados em setembro, no mínimo, porque haverá grupos em que será necessário alargar este número porque haverão ainda ofertas de escola nos TEIP!


Qual a desculpa agora para não o fazerem se pela primeira vez já conhecem as necessidades reais do sistema e que serão ocupadas por professores contratados?!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Crato já devia saber, mas a nova Ministra das Finanças nunca saberá se Crato não lhe disser!


Que há milhares de professores contratados que são gente com imensa tarimba moldada por muitos anos de serviço, bastantes com mais de 15, 20 anos a contrato. São colegas que, no meio de tanta precariedade, acabaram por constituir família, tendo atualmente filhos para sustentar. São professores e simultaneamente pais, que não estão dispostos a abdicar de continuar a trabalhar para continuarem a criar os filhos com a dignidade garantida por um posto de trabalho nas escolas, agora dentro dos quadros. Todos os limites foram ultrapassados há muitos anos, mantendo estes professores numa vergonhosa precariedade, configurando uma espécie de escravatura laboral dos tempos modernos. E agora, com pezinhos de lã, quer-se acabar com essa também espécie de degredo - a contratação a termo certo, atirando para o desemprego quem serviu durante tantos anos a nobre causa de ensinar várias gerações.
Quando está sozinho e se trata de defender a própria dignidade, o ser humano, em geral, reage com o vigor suficiente para acautelar os seus direitos. Mas, quando é também a dignidade dos filhos que está em causa, nomeadamente o perigo de não satisfação das suas necessidades básicas, um pai ou uma mãe multiplicam por um milhão a força que teriam se o problema os afetasse somente a eles próprios.
Os professores contratados de longa duração não podem ser tratados como ingénuos, pois usarão todas as forças que têm para se defenderem e sobretudo defenderem os filhos. Se o governo quer ter alguma paz social no seio da classe docente tem de prosseguir a anunciada intenção de vincular todos os professores contratados com muitos anos de serviço, quer fiquem ou não colocados no dia x (?) de Setembro nas escolas.
Uma nova vinculação terá de ser feita em 2014, caso contrário aqueles professores terão uma atuação incisiva junto da opinião pública e das instituições judiciais. Em relação a isto sei que se prepara uma grande vaga de recurso aos tribunais por parte de professores contratados. Ações essas com uma agravante para os cofres do Estado, sendo certo que estes professores vão pedir além da vinculação, que sejam indemnizados por danos materiais por cada ano que estiveram a contrato além dos quatro anos previstos na Diretiva 1999/99/CE que o estado teima em não por em prática há onze anos a esta parte.
Será que a Ministra das Finanças já foi informada pelo Crato que isto vai sair muito mais caro aos cofres do Estado? Estarão erroneamente convencidos os dois, mais o Passos Coelho, que os professores contratados, com filhos para alimentarem , vão ficar parados na agonia de um subsídio de desemprego efémero, sabendo que a seguir é o desemprego e a miséria?!
Nem pensem nisso! Não se esqueçam que os milhares de pais, professores contratados, não ficarão inertes perante a afronta à sua dignidade e à dos seus filhos.
A aflição destes professores, pais desesperados, moverá montanhas em defesa daqueles que amam em primeira instância. Crianças e jovens que já sofreram muito com esta vergonhosa precariedade, muitos estando demasiado tempo separados dos progenitores pela distância das colocações, professores contratados que pouco puderam acompanhar o seu crescimento.



A ministra há-de saber disto!

(Readaptação do post publicado há um ano atrás. Os problemas persistem depois de uma vinculação extraordinária residual!)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MANUAL DA SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL: Socorro, minha mãe, tenho 38 anos e não tenho emprego! / Socorro filho, tenho 65 e estou na ruína!

Os mais jovens vêem-se na eminência de um SOS permanente até aos 40 de idade, no mínimo, até que os que estão em termos etários mais à frente lhes possam dar lugar. Não é raro agora a adolescência prolongar-se pelo menos até aí, por via da situação de dependência em relação aos progenitores até tão avançada idade. Voar sozinho tornou-se penoso nos tempos que correm, tempos de vacas esqueléticas quase a morrer, e de muitas já bem mortas há muito tempo, a cheirar mal. Os sinais evidentes de saturação dos filhos que pedem para o dia-a-dia à mãe às escondidas do pai, ou ao pai com o conhecimento da mãe deixou de ser raro para se tornar o pão nosso de cada dia por essas vilas e aldeias de Portugal. Mas por aí ainda há a terra que é de quem a trabalha e que em muitos casos começa a ser limpa de ervas daninhas até pela malta licenciada noutras coisas que não a agricultura. É um recurso evidentemente transitório, mas que vai dando um sentido à vida provisória de jovens cada vez mais velhos, muitos licenciados à procura do primeiro emprego, estável se fosse possível sonhar. Mas, já não lhes é permitido sonhar a curto e médio prazo com essa estabilidade e por tal muita coisa vai ficando adiada como a procriação que dantes era pelos vinte e que agora vai para os trinta e muitos, quarenta e tal anos, pois a incerteza é grande em termos de sustentabilidade de uma débil economia familiar. Ou a evolução da espécie acompanha os constrangimentos da economia capitalista das sociedades ocidentais economicamente decadentes, e o ser humano na sua vertente geracional aumenta sem problemas a idade média de procriação, ou o número de nascimentos decairá abruptamente pela infertilidade de mulheres cada vez mais velhas a tentarem gerar filhos em ambientes extremos, venenosamente stressantes, de uma vida recheada de incerteza com um cariz profissional provisório, de recibo verde que até poderia significar “procriem” se a autorização viesse de um departamento governamental cujo ticket retirado de um balcão de atendimento, pela cor significasse via verde para a procriação, uma espécie de simplex da vida, uma garantia emprego no Estado ou numa empresa privada protocolada para o efeito em troca da geração de novos cidadãos. Mas a realidade é dura, e vivendo à custa dos pais, sempre à espera do emprego que nunca mais chega para finalmente dar à luz, a mulher vê-se na eminência de deixar passar a sua idade fértil e de nunca saborear o prazer da maternidade. 


O SPGL tem uma secção denominada “Jovens professores Contratados”, que deu muito jeito para nunca fazerem grande coisa pelos professores contratados na última década, a não ser alguns números de circo em frente ao ME. Está no tempo de alterarem a denominação para “Velhos professores contratados”, porque a primeira denominação já não corresponde à realidade desde há muito tempo a esta parte. 

Pois, é também na classe docente contratada e desempregada que se coloca este problema da maternidade adiada ad eternum. À espera de uma colocação para fazer um filho! 

- Mãe, fiquei colocada, agora vou dar-te um neto, que dizes da ideia? 

- Sim filha, é uma ideia porreira… Mas já te efetivaram numa escola? 

- Não mãe, mas fiquei com um horário de oito horas, e… com mais aquilo que me tens dado, acho que chegou o momento, afinal já só tenho 38 anos e nunca tive uma oportunidade assim! 

- E o teu companheiro o que diz disso? 

- Ele também conseguiu um horário temporário de um mês numa escola lá pro Algarve. A última vez que falei com ele, disse-me que se fosse pra avançar vinha cá aos fins de semana pra irmos tentando. Então, que achas, posso fazer um filho ou não? Vá lá mãe, qualquer dia chega-me a menopausa e depois fico sem nada! 

- Está bem filha, não te preocupes, vou mudar os lençóis do quarto de hóspedes!...Manda vir o rapaz do algarve. 

- Mãe, mãe… és a melhor mãe do mundo… finalmente vou realizar o meu sonho! Quem dera que o pai ainda fosse vivo para ver o netinho nascer!... Sei que nunca nos deixarás passar necessidades, a mim ao meu filho e teu neto e ao meu namorado, o Asdrubal que está no Algarve com um contrato de um mês na escola de Albufeira. Obrigado mãe…(lágrimas, muitas). 

Nesse momento, na televisão surge Gasparzinho, o malandreco, com cara de sono, dizendo: blá, blá, blá…, pois vamos reduzir as pensões para metade, ACABAR COM A PENSÃO DE VIUVEZ, acabar definitivamente com o abono de família, acabar com o subsídio de maternidade, criar um imposto extraordinário sobre a procriação…blá, blá, blá!...

(post bis de J. Costa)

sábado, 24 de agosto de 2013

O que queria Grancho e o que Grancho quer - o sonho de uma vida, o pesadelo de muitas vidas!


Não é preciso muita ginástica mental para perceber o que quer Grancho ao empoleirar-se no governo!

Grancho quer sempre a mesma coisa!

Grancho sonha e a obra quase nasce.

Grancho olha para o passado, faz no presente e vê um futuro risonho, o seu!

Grancho espera anos a fio por uma oportunidade, e eis que ela surge pela mão de Crato.

Havemos de convir que a paciência de Grancho é uma chatice, o homem sonhou e como não conseguiu tornar o sonho realidade, agora encostou-se ao poder efémero e, na curta janela temporal que ainda lhe resta, está a tentar criar o cenário para surgir como o triunfador do sonho!

E ao assumir a pasta de Secretário de Estado manteve aquele ar soturno que o caracteriza e lembra outros tempos, só que agora já não cai bem.

E Grancho sonhou com uma Ordem de Professores e obsessivamente tem andado a falar nisso sozinho há quase duas décadas. Agora fala para dois ou três, tantos quantos os que julga que o ouvem e portanto nem se sabe se acreditam neste sonho.

Ora vejam lá agora quem Grancho foi escolher para dar o arranque ao seu sonho: os professores contratados!
Isto parece um dejá vu, qualquer coisa como contratados as cobaias de um modelo de avaliação de professores, lá mais atrás, algures em 2009. 

Com a prova de avaliação de competências, quer o Grancho deixar sementes para aplicar, num futuro que ele não quer muito longínquo, o código da moral e dos bons costumes aos professores em geral, disse em geral, tornando-os meninos e meninas bem comportados senão o regedor dá-lhes o troco!

E desenganem-se os professores do quadro se pensarem que esta coisa das provas de avaliação de competências como é para contratados eles que se amanhem que cá a nós nada nos toca!

Não, não é só para contratados! Num instante o Grancho, se calhar já nem governante, vem a público exigir de novo uma Ordem de Professores. O próprio, defensor histórico da causa, assim se tornaria o primeiro Bastonário da Ordem dos Professores.

Afinal quem ia contestar para o cargo o homem que tanto lutou por isso, que até fez o sacrifício de ir para o governo para preparar o caminho, o seu! I Have a dream!

Ai Grancho, Grancho, se a malta não acorda, ficando feliz com a desgraça dos contratados, vais-lhes tratar tu da saúde. O pior é que depois ficam todos muito mais "saudáveis" à força, os do quadro e os contratados.

Ai professores dos quadros, professores dos quadros, não abram os olhos não, deixem que esta prova para os contratados vá avante, esta coisa inventada que vos vai servir de cama para o pesadelo. Depois, bem, depois será tarde!

Por isso, pela primeira vez deixo o convite para os professores dos quadros lutarem lado a lado com os contratados contra a prova que lhes querem impor.

Será que vão ter a delicadeza de agradecerem aos contratados por estarem a lutar também por vós!