quinta-feira, 28 de março de 2013

Os Medos Secretos de Judite de Sousa - O olhar de Socrates!

Judite, Jornalista tem medo daquele olhar feroz, do pombinho que usa voz angelical e olhos do diabo. Um bom ator para um filme de terror - Portugal às escuras!

Judite tem medo do homem que entrevistou uma dezena de vezes. Estamos em boas mãos. Se fosse um PM que dissesse que tinha pavor dos olhos do Zé Povinho, já estava arredado do poder há muito tempo. Que pena!

Por outro lado, não deixa de ter a sua graça a sinceridade da Judite, pois em tempos ouviu-se dizer que havia por ali uma paixão entre as criaturas. Ora esta coisa de macho e fêmea tem os seus segredos... Mas não será o caso, esperemos, pode esta coisa não passar de mero medo do efeito da pergunta no ressuscitado. Temos já sérias dúvidas da eficácia da jornalista, o que a acrescentar à panaceia argumentativa do entrevistado/ comentador, vai tornar a coisa boa para adormecer à hora dos patinhos, a hora saudável! A ver vamos, mas a hora deste comentário político deverá ficar mesmo conhecida como "A Hora dos Patinhos", em homenagem à Judite de Sousa e a todos aqueles que se deixarem embalar por um indivíduo que se aproveitou do sistema para não fazer mais nada que dizer umas baboseiras.

Enfim, mais um cenário que tão bem define um pequeno país de pequenas mentalidades sempre vencedoras por via da panaceia dos mandados!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Os fantasmas voltam sempre! Buuuuuuu!!!


Sócrates entrevistado hoje na RTP




O ex-primeiro-ministro José Sócrates dá hoje uma entrevista à RTP1, quebrando o silêncio a que se remeteu desde que foi derrotado nas eleições legislativas de junho de 2011.


Uma coisa é certa, já está a meter medo a muita gente!


Este gajo quer limpar a imagem para se candidatar à presidência da República. Pena que seja com o nosso rico dinheirinho!

Só há uma forma de lutar contra isto: não ver a tralha combinada que nos vão tentar impingir.


 O share fartá o resto!

terça-feira, 26 de março de 2013

Pinocratices - a ressurreição dos horários zero!


Horários e reduções - só este ano diz Dr. Crato

Garantias de que não haverá alterações aos horários de trabalho dos professores e às reduções de componente lectiva são válidas só até ao próximo ano.

Crato espera nova vaga de aposentações para salvar professores dos horário zero

“Se para o ano se reformarem três mil professores desaparecem os horários zero se em simultâneo o sistema permitir que um professor de Vila Real possa leccionar em Bragança”, disse, referindo-se à proposta apresentada pelo MEC na passada semana com vista à redução do número de Quadros de Zona Pedagógica (QZP) de 23 para 10.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/crato-espera-nova-vaga-de-aposentacoes-para-salvar-professores-dos-horario-zero-1589226


Como se pode brincar com as vidas destas pessoas e dos filhos delas?!



A salvação em tempo de Páscoa - Dia das Mentiras 26 de Março ou 1 de abril?

O ministro da Educação, Nuno Crato, antecipou nesta terça-feira, no Parlamento, uma nova vaga de aposentações de professores com efeitos positivos no número de horários zero (professores sem turma para ensinar). 

“Se para o ano se reformarem três mil professores desaparecem os horários zero se em simultâneo o sistema permitir que um professor de Vila Real possa leccionar em Bragança”, disse, referindo-se à proposta apresentada pelo MEC na passada semana com vista à redução do número de Quadros de Zona Pedagógica (QZP) de 23 para 10. 


Com esta redução, os cerca de onze mil professores do quadro vinculados nos QZP terão de se candidatar não a um distrito, mas a vários, podendo ficar a dar aulas a centenas de quilómetros de casa.

O ministro indicou que atualmente estão sem turmas para ensinar 662 docentes. No princípio do ano lectivo eram cerca de 2000. Desde 2008 reformaram-se cerca de 20 mil docentes do quadro. Atualmente cerca de 40 mil professores do ensino básico e secundário têm idades entre os 55 e os 64 anos. Segundo Crato, existem agora cerca de 105 mil professores no quadro. (in Público)


Ele há descaramento, depois de tudo vem com esta!

Já agora: com tantos professores reformados, entradas de contratados nos quadros 603!

 Ora, ora, vão-se catar!!!


domingo, 24 de março de 2013

E SE HOUVESSE UM GOLPE MILITAR EM PORTUGAL?!


Seria logo considerado um escândalo, pelo princípio de que em nenhuma "democracia", para mais ocidental, alguma vez deverá ocorrer tal evento.

 A capoeira europeia ficaria em tamanho alvoroço pela inesperada ousadia dos que, em prol da quebra da afronta à dignidade do povo que vai sobrevivendo muito abaixo do limiar do aceitável, levassem por diante uma revolução não dos cravos mas dos...

A correria seria desnorteada pela capoeira fora com penas pelo ar, arrancadas pela ganância dos países de crista e poupa levantada, os mais interessados na recolha de dividendos nesta guerra de dinheiro sujo com o sangue lacrimal que tem assolado os países mais frágeis.

A ousadia dos nossos militares poderia ser anunciada em voz off  por um daqueles  comentadores de voz decidida, que ficaria na história que passa:

"Daqui Comando Geral das Forças Armadas. Informamos todos os Portugueses que o Movimento renovado das Forças Armadas ao início da Madrugada deste dia tomou os Palácios de Belém e de S. Bento, em simultâneo com a tomada das Embaixadas dos países agressores, a saber: Embaixada da ... Embaixada da..."


E prosseguiria:

“O objetivo desta tomada das embaixadas destina-se a fazer ver aos países agressores que nunca mais toleraremos que nos bombardeiem com ogivas financeiras nem que tomem a nossa terra onde o nosso povo agonia com o peso dos juros da dívida pública nas antecâmaras da morte da mais antiga nação europeia”.

A azáfama começaria nos meios diplomáticos para reclamar que fosse reposta a legalidade e os militares recolhessem imediatamente aos quarteis. O bloqueio começa! Os poderosos da Europa e os EUA de um lado imporiam um vasto grupo de sansões. Do outro lado, a Venezuela, Cuba e talvez a Coreia do Norte e o Irão, declarariam o apoio aos irmãos portugueses, com promessas de auxílio energético, e sobretudo muito apoio moral (!). Mas os revoltosos recusariam estas cortesias de imediato, porque a linha seria outra…

Os militares que saíssem dos quartéis e a sociedade civil revoltosa, obviamente não acolheriam de braços abertos estes apoios. Mas o certo é que o cenário poderia ser completamente diferente, e é provável que o fosse, pois aos países credores só faltava mais agora que um país pequeno, ainda por cima da periferia do galinheiro, lhes viesse estragar os planos de enriquecimento ilícito, baseado na tradicional postura de espremedores de povos economicamente indefesos.

Certamente que se acontecesse um golpe militar em Portugal, os nossos “meios-irmãos” europeus, em particular os da outra Europa  os nortenhos, os do gelo emocional, tremeriam do gélido frio do medo emanado por esta pequena lareira do sudoeste, com ameaça de rápido alastramento ao confortável tapete de pelo de rena, e progressivo derretimento do cadeirão das economias credoras mais fortes.

Os espanhóis, embora não o dizendo abertamente, iriam apreciar esta atitude dos portuguesitos revoltosos e, rapidamente, começariam a ponderar avançar numa contenda de contornos idênticos, mas eventualmente mais bravos como o é esse povo, o que tornaria a chama aflitivamente mais intensa.
Ou seja, a Ibéria poderia mudar outra vez o mundo(!), mas agora despoletando um rearranjo da economia do global, ficando por isso para a história como os países que deram outra vez novos mundos ao mundo, porque se a coisa resultasse cá, noutras bandas longínquas seria tomada como exemplo, com a vantagem de uma nova configuração no mapa de justiça social.

Para acontecer um cenário destes era necessário que o nosso povo soubesse sacrificar-se por uns tempos, pois de início o aperto iria ser grande, quando os senhores do dinheiro fechassem a torneira, pois é a única arma que conhecem. Num contexto desses, teríamos um caos semelhante ao de uma guerra convencional.

Vivemos portanto no fio da navalha. Se quiséssemos rapidamente mudar as coisas seria por aí, com custos de vidas humanas significativos, só superáveis com um tsunami de solidariedade no seio da sociedade. Mas como quando a coisa aperta, fica o instinto de sobrevivência, nem por aí se evitaria a perda de muitas vidas.

Portanto, há o outro cenário, o que vivemos atualmente, um cenário de uma guerra encoberta pela “legalidade” do regime político, num país envergonhado do seu passado recente, sem pretensões revolucionárias, onde se situam os maiores campos de concentração da Europa, as nossas vilas e cidades famintas!

O que é que queremos? Um país ocupado e servil ou em guerra pela libertação com todos os custos que isso implicaria?

Não estamos em tempos de golpes militares, mas estamos numa época de golpes financeiros contra os opressores. Só que as opções teriam de ser não só de um país isolado, mas de uma união entre países do sul, que dissessem claramente e em uníssono que não pagariam uma dívida baseada em lucros estonteantes dos credores. E a coisa tremeria até aos alicerces!

Portanto estamos numa guerra financeira, com custos idênticos ao de um conflito mundial, sem tanques nem armas nucleares, em que os agressores querem ganhar muito dinheiro à custa de milhões de vidas.

Quem vai vencer esta guerra limpa de sangue à vista, onde nunca serão contabilizadas as vítimas?

Em que tribunal internacional serão julgados estes criminosos de guerra?!

quarta-feira, 20 de março de 2013

O PROFUNDO SONO DO HIPÓCRITA - um estudo de caso perdido!

Não é nova esta informação dada de que uma criatura política dorme descansada no conforto do seu lar, sem sobressaltos provocados pelo gemer da vizinhança com fome física e a outra, a de sentir viver com alguma dignidade.

A besta dorme, sem se importar com as crianças que vão para a escola com fome.

A besta dorme bem com o sofrimento daqueles que precisam de trabalho e não o encontram, aqueles que encontram sim somente a depressão que os consome em pouco tempo.

A besta não acorda quando tinha de acordar, limita-se a dormir em cima daqueles cujo peso da vida má lhes tritura o coração ao ver os filhos passarem mal.

A besta ressona e faz vibrar a sua sistémica idiotice nas cabeças dos famintos que acabaram de entregar as casas que julgavam poder pagar até ao fim da vida e agora já não têm onde dormir sossegados.

A besta é aparada pelas outras criaturas da mesma estirpe, que orbitam na mesma rota do quadrado, numa trajetória descendente de um mundo austero virado às avessas  pelo brilhantismo dos onzeneiros residentes no grande palácio do neo-capitalismo.

Criaturas parasitárias que ronronam em torno do grande líder que vai mostrando as afiadas garras decadentes da ditadurazinha do capote, metendo medo a muito povo, principalmente aos que persistem ainda em dar-lhes ouvidos nas ondas hertzianas, a grunhir certezas esfumadas pelo lesto tempo que passa.

Mas, é quase dia e o povo está prestes a acordar!

sábado, 16 de março de 2013

A insustentável leveza da democracia - uma crónica das causas profundas do sofrimento do nosso povo

Para uns a democracia é a possibilidade de os cidadãos se exprimirem só nas urnas e de quatro em quatro anos. Para outros, a de poderem falar mesmo que ninguém os ouça. Para outros ainda, democracia é comer calado e não bufar. Há ainda aqueles que pensam que democracia é uma aceitação das diferenças mas sem confrontar, sem magoar. E há aqueles que entendem a democracia como a possibilidade de fazer algo que possa fazer sofrer os demais com a comodidade da aceitação das vítimas por legitimação do voto passado. O termo é grato a todos, mas dentro dos limites estabelecidos por cada um. Por isso todos apreciam ou dizem-no apreciar, aquele momento de viragem que foi o 25 de Abril de 1974. Uns porque se identificaram com aquele momento de libertação por finalmente poderem falar, bem ou mal, mas falar. Outros porque, embora geneticamente entrosados com o regime anterior, viram a oportunidade de reaprenderem a ação futura da ditadura travestizada de democracia, o que lhes exigiu o apuramento da arte deles, a arte maquiavélica do fingimento para a indignidade.

Hoje esta tendência persiste e os meninos de coro tomaram o poder no regime democrático criado pelos militares de abril sem que vislumbrassem onde poderia descambar este país. Os que nos “pedem” agora sacrifícios não o pediriam em 24 de abril, aí pura e simplesmente levariam a coisa à prática. Mas o efeito seria o mesmo. Só que aí até diríamos que eles comem tudo e não deixam nada. Agora, sabemos que comem tudo, mas não podemos dizer se é carne ou peixe. Ou seja, apesar de tudo, as bestas do passado eram mais sinceras que as do presente, e aí o povo lutava com coragem pela calada da noite daquela ditadura. O problema hoje é a malta saber que vive numa ditadura encapotada de democracia, mas ter medo de tomar a luta sem ser só com a brandura de um lenço branco!

A nossa rainha de Portuglaterra mantém-se no trono servil à cor vigente e não desprega nem toma uma atitude de demissão dos que atormentam o povo santo. Pois se não há democracia no sistema como chegarmos a uma democracia mais próxima da DEMOCRACIA.
Poderíamos corrigir isso dando em primeiro lugar hipótese aos cidadãos de concorrerem à casa mãe da democracia, o Parlamento, sem estarem vinculados a nenhum partido político. – Mas os partidos não querem!

Poderíamos deixar à consideração do povo de, ao fim de cada ano de governação, depois de uma consulta através de sondagem supervisionada, decidir se o governo deve ou não continuar. – Duas consultas sucessivas negativas implicariam a substituição do governo nas urnas. Deste modo a atuação governamental abusiva diminuiria drasticamente, sabendo que o prazo de governação estava mais curto e sob supervisão. Seria assim diminuído o tempo disponível para a má governação.

A “democracia”, assim pomposamente e abusivamente denominada atualmente, a que conhecemos, tem um curto período de 24 horas, o dia das eleições! Portanto, duas eleições sucessivas são entremeadas por um longo período de 4 anos menos um dia de ditadura!

Porque é que muita gente não quer a mudança?

A “segurança” da democracia encapotada permite não ter de agir como numa ditadura!
Este é o verdadeiro busílis do sistema político vigente aqui e em todo o lado – dá mais jeito ter medo do que ter de agir.

O povo não é a minoria, eles é que são!

Entretanto o nosso povo continua a sofrer a valer!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Carta de um rapaz de quarenta e tal anos à mãe e ao pai


Carta de um filho aos pais na metrópole

 Mãe tenho 42 anos e estou à rasca. Filho tenho setenta e estou falida! Lembras-te, foi assim que me decidi a vir pra Angola. É assustador o futuro, mas há que mudá-lo. Como? Se for preciso emigrar a malta vai tal como o fiz com a promessa de voltar! Quando não sei minha mãe, mas hei-de voltar, e agora como não vamos prá guerra, havemos de voltar vivos. Esta é a única garantia que vos dou, meu pai e minha mãe. Por isso não choreis lágrimas de antigamente, porque este "soldado" há-de voltar!
O mundo mudou, mas prometo que hei-de tentar mudá-lo para o mais parecido com o do vosso tempo. Lamento estares a perder algo de mim, tal como choro todos os dias quando penso em vós. O povo Angolano é boa gente, mas falta-me o meu povo, o povo da minha aldeia, o Manuel e o João, a Maria e a Ana, os cheiros e os sabores da minha terra.
 Os meus amigos estão aí. Imagina que até tenho saudades do cínico do Passos Coelho. Era bem melhor estar aí a vê-lo mandar-me embora e não ir, do que estar cá fora ouvindo-o dizer que não queria dizer o que disse! Ora, ora, então agora que cá estou é que o gajo me diz que afinal não era para eu vir! O sacana!
Pai e mãe, estou a fazer tudo por tudo para voltar depressa, mas quando aí chegar quero que me prometam que esse gajo já não estará no governo. É que não suporto olhar para a cara dele depois de tudo o que passei!!!

Conto voltar lá pra Setembro. Acham que dá tempo?!...

Mais de dez mil alunos abandonam a escola sem o ensino obrigatório completo

Tomara, pais desempregados, perspetivas de futuro com canudo de esgoto, facilitismo na escola que nem dá pica para estudar, geração mais enrascada do que rasca, mas à rasca por uma educação rasca para os valores, para a exigência, para o empreendedorismo. A culpa é deles ou de quem lhes roubou o futuro, ou parte dele?
 Sabemos todos quem foi não é?!


HABEMUS PAPAM!

Ele andava por Buenos Aires de autocarro junto do seu povo. Gosto disso!
Deverá agora tomar o volante do autocarro dos povos deste mundo e conduzi-los a caminho do outro.
Que seja um autêntico Francisco que se dedicava aos mais necessitados. Amen!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Os Madeirenses que tenham lá santa rica paciência!!!

Então não é que o Sindicato de Professores da Madeira afeto à FENPROF resolveu como já se sabe colocar uma providência cautelar contra o MEC por não deixar os professores da Madeira concorrerem com os do Continente em igualdade de circunstâncias no Concurso Externo Extraordinário do continente!
Esta é mesmo muito boa: reclamam de discriminação mas esquecem-se que quando os continentais concorrem ao concurso da Madeira e dos Açores (eles copiam-se!), são posicionados numa prioridade abaixo dos professores que lecionam em escolas destes territórios autónomos.
Já nos deixam fartos estes insulares nossos compatriotas que só vêem os seus interesses dizendo-se discriminados mas no papel de discriminadores já de há anos. Já fartos de ouvir esta gente do NOSSO território insular reclamar mais e mais autonomia para depois virem com exigências de igualdade naquilo que interessa e outras mais de discriminação positiva noutros assuntos como foi o caso do IRS mais baixo, de transferências avultadas de verbas do continente para colmatar a insularidade..., e outras mais que benesses.

FARTOS de Jardins, de fogos de artifício e de carnavais  em que os continentais são sugados até ao tutano libertando o que têm e o que não têm para os luxos populistas do senhor presidente,  que fala fala e, facilmente, consegue amedrontar os de Lisboa, vá lá o diabo saber porquê.

Gosto do povo Madeirense e do povo Açoriano,  mas deixam-me algumas náuseas esses elementos ligados aos corredores do poder  insular que exigem tudo e mais alguma coisa e depois contribuem com a arrogância dos intocáveis para o todo nacional.

 O dinheiro, o nosso, mal gasto e não declarado pelos vistos é o pão nosso de cada dia na Madeira. Uma coisa é ser roubado com conhecimento de causa, outra é ser roubado sem saber como nem quando. Quem não prefere a primeira?!
Quanto ao que nos trouxe aqui, esperamos que a decisão do tribunal seja a de mandar à fava esta gente tão respeitosamente ligada à FENPROF, os tais que tiveram o Jardim a inaugurar-lhes a sede sindical em tempo de campanha eleitoral, com o Mário Nogueira a assistir mesmo ao lado e a cumprimentar muito respeitosamente o velhote do poder de sempre lá do sítio.

Se tivessem um pingo de vergonha, estes sindicalistas teriam ficado calados. Mas, se quisessem protestar que dissessem que queriam igualdade de tratamento para continentais e insulares em ambos os concursos - no do continente e no da Madeira.

Se tivessem um pingo de vergonha estes sindicalistas da Madeira abençoados pelo papa sindicalista do CONTENENTE, teriam pedido desculpa a todos os candidatos continentais que foram sucessivamente relegados para quarto plano nos concursos da Madeira e dos Açores dos últimos dez anos!

Se tivessem um pingo de vergonha ...
Mas não têm!
Por isso é que fui contactado por um conjunto de professores que me pediram para emitir uma opinião sobre o assunto. E cá está ela!

O que lhes disse é que mal abra o concurso da Madeira que interponham uma providência cautelar para impugnação desse concurso devido à desigualdade de tratamento entre insulares e continentais. 

O pessoal gostou da ideia e prepara-se para avançar! Mas devagarinho não vá vir por aí o choradinho do costume acerca do mar imenso que os isola do mundo.

A arrogância há-de mudar, como se a Madeira fosse um Jardim e tudo caísse de podre quando o inverno chegar !


terça-feira, 5 de março de 2013

Esta coisa estranha dos contratos de associação


A chico esperteza definitivamente tomou lugar no negócio da educação!

A governança vai enchendo a pança daqueles administradores de grupos ligados ao negócio da educação. Como se esta pudesse ser matéria de contrafação. Os colégios com contrato de associação, salvo honrosas exceções, andam a retirar dinheiro a rodos dos cofres públicos, como se de um tesouro infindável se tratasse. Os amigos da governança encarregam-se de atirar umas centenas de milhar de Euros, por vezes milhões, para cima das administrações destes colégios com CA.

Mas façamos o seguinte exercício: Os oitenta e tal mil euros que se dão a estes colégios seriam mesmo necessários para manter uma turma na escola pública? Estas turmas terão mesmo necessidade de estarem numa escola com CA quando existem por perto escolas públicas às moscas? Estas são as perguntas tradicionais e fáceis que estamos fartos de ouvir e cuja resposta é relativamente simples de encontrar.

Mas é necessário irmos ao cerne da questão, com uma explicação que torna inertes os argumentos daqueles que defendem a liberdade de escolha entre público e privado e os cheques ensino e outras patetices, que usam para formatar as opiniões das mentes quadradas. Imaginemos assim que eu tenho um colégio privado. Quero clientela. O pessoal das redondezas é pobre de mais para eu aguentar o negócio e por isso há que usar a imaginação. Depois de pouco pensar eis que surge a ideia mágica que me resolverá todos os problemas de sobrevivência financeira: tenho um amigo bem relacionado com certos carolas da governança. Convenço-os a convencerem esse pessoal da política que a escola mais próxima está a três quilómetros da minha e que tenho pessoal a contrato muito eficiente para educar a criançada, o que é um bom motivo para a iniciativa privada. Mas o que me dá mais gozo é que na onda da privatização os gajos aceitam a minha proposta e começam a mandar-me os euros que eu pedi para isto tudo e para muito mais.

Claro que há uma diferença com o público, é que enquanto nas escolas públicas não há dinheiro de sobra para mais nada, já aqui, no privado, o dinheiro tem de sobrar também para mim que sou administrador, que montei este negócio para ganhar a vida, a boa vida, senão porque é que me meteria nestas andanças?!

É claro que os oitenta e tal mil euros por turma têm de dar para isto tudo. Ou seja, ao dizer-se que numa escola pública o pessoal gasta em média os oitenta e tal, então no privado com CA eu consigo gerir tão bem o dinheiro que faço sobrar uma fatia generosa para mim enquanto administrador. Os alunos ficam a perder alguma coisa mas quem está fora não nota nada e os rankings ajudam de caraças. Mas milagre milagre, aqui que ninguém nos ouve, é o que eu faço com os salários dos professores. Como a “mão de obra” é mais extensa do que a oferta, jogo bem com isso e a maioria dos meus professores ou são contratados ou estão aqui a fazer umas horitas para ganharem mais uns cobres nestes tempos difíceis. Enfim, como sou eu que mando é fácil dominar as emoções, mantendo-os com rédea curta em termos salariais e outras coisas que não posso aqui dizer. Não me queixo do que me dá este negócio com o Estado. É preciso que a malta continue a insistir nas pseudo-virtudes do privado, que assim os ingénuos continuam a financiar este negócio sem repararem que pelo mesmo preço ou menos têm os alunos nas escolas públicas.~

Depois deste estudo de caso introvertido, resta dizer que a ingenuidade não é de quem insiste no verniz do ensino privado, mas daqueles que se deixam iludir com a fantasia imaginada por comentadores do sistema, peças de uma engrenagem cuja teia se prolonga da província até à grande capital. Mas pior, com a complacência dos “quadrados” fora deste sistema, os pagadores de impostos, os alvos fáceis dos oportunistas da coisa pública.

Moral desta história: se te metes no negócio de sacar dinheiro ao Estado através de um Contrato de Associação, finge que o dinheiro que recebes é todo para educar as crianças e faz-te chorar por com nada ficares! Afinal a tua escola não é um negócio, é um meio de desenvolver a tua terra que tantos estimas e amas!

PS: Há casos e casos, mas é necessário perceber em quais é que esta "história" se enquadra.
 Receio bem que nem seja preciso andar muito para perceber onde...
Mas sei bem o que faria em relação a estes negócios da China! 
É mesmo uma questão de princípio!