Afundados até ao pescoço em dívidas, os da classe média e daí para baixo, não se cansam de berrar pelos seus direitos perdidos num ápice. Os iluminados do efémero poleiro trazem no dorso uma série de medidas cortantes que repugnam os justos cidadãos, sobretudo pela imposturice, a começar na forma da apresentação e a terminar no caráter viscoso e sonolento dos anunciantes. Mas também pelo tédio provocado pelas criaturas satélites dos (des)governos que abundam nas tv`s, patéticos comentadores de ondas consonantes com os ideais obsoletos do espetro governamental, que dizem uma acertada como engodo aos mais crédulos, mas que, logo a seguir, servem o prato do costume recheado de petiscos envenenados com as convictas convicções dos interessados em ir governando à vista. Afinal e tão só, os garotitos de serviço com os seus instintos de minúsculos economistas recém formados na idiotice do liberalismo à portuguesa, baseado na descompostura daqueles que trabalham no, com e para o Estado, os FP (Funcionários Públicos, entenda-se!). Aquelas pequenas criaturas, sistematicamente desprovidas de honestidade intelectual, com uma verborreia opinativa tristonha, sugerem o fim do mundo por culpa dos que trabalham para a sociedade. E são estes energúmenos que vêm mais uma vez para as ondas hertzianas debitar falsidades acerca do pseudo bem-estar dos funcionários públicos que consideram ter uma massa salarial muito acima da dos trabalhadores do privado. Estas bestinhas bestiais, normalmente de idade mediana, que vestem frequentemente pele de cordeirinho para dizer o que outros pensaram e querem que digam por eles, são sistematicamente e aleatoriamente convidados pelas direções de informação de certos canais, a dedo. Para quê? Bem, para andar a envenenar a opinião publica que entretanto, ao contrário da fé dos primeiros, foi evoluindo desde o início da crise e já pouco acredita que o mal do país é o funcionalismo público. De facto, agora de forma veloz, o povo, que costumava ser enganado, vai-se convencendo que o problema não está nesta fatia da população, a que trata o resto do povo. Os FP, numa parte significativa, por acaso são professores, médicos, Juízes, e outros que tais, que detêm uma formação superior e que, por isso, em grande número, hipoteticamente, não fosse o massacre de cortes sofridos há vários anos, ganham salários condizentes com a sua formação superior e com as responsabilidades que assumem em prol de toda a população. Quem quer serviços tem de os pagar! Afinal não é assim que pensam os liberais?! Só que, ao nosso povo, do muito que tem para pagar, pouco resta para poder pagar como teria de ser se o Estado se quisesse furtar às suas responsabilidades. Por isso, são necessários, a escola pública, os tribunais, os Hospitais públicos, com toda uma equipa de profissionais altamente qualificados para garantir o bem-estar da nossa população.O povo gosta, prefere, precisa, e até exige! Pois então, há que pagar justamente aos profissionais que trabalham para o Estado. Por tal, a fatura é pesada, pois é, mas tem de ser. Portanto, de facto, a massa salarial média da FP é superior à do privado. Mal era se não fosse!
Orgulho-me muito de ser um FP!
Cuidado que eles não são só garotos ignorantes e incompetentes. Eles são marionetas de um processo ideológico devastador para quem trabalha.
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