terça-feira, 4 de março de 2014

UM DEBATE COM O ARLINDO, A DIREITO, SEM DESVIOS NEM HESITAÇÕES, EM PROL DA VERDADE!


O que despoletou esta discussão: Uma proposta que elaborei de alteração às prioridades do Concurso Interno:

http://porteduca.blogspot.pt/2014/03/quem-tem-medo-disto-um-diploma-de.html

E a este propósito o Arlindo diz:

“Um debate enviesado é o que se centra nas prioridades para o próximo concurso interno, colocando de lado a questão essencial que é saber qual o número de vagas a abrir no concurso interno extraordinário de 2015.”

Resposta:
É do meu ponto de vista essencial garantir equidade num momento em que se vão iniciar reuniões para discutir um diploma estruturante e que irá definir regras para este e para quiçá para os próximos anos. É a vida de muitos colegas que está em jogo!


O Arlindo diz:

“O Jorge Costa aborda de novo a questão da prioridades para colocar em pé de igualdade os docentes que vão vincular com os docentes já vinculados. (…)No entanto, tendo em conta que os casos em que as habilitações profissionais adquiridas posteriormente (…) para grupos nas quais não havia formação inicial (…) terão poucas vagas abertas neste concurso extraordinário é um debate pouco centrado no essencial!”

Resposta:
Arlindo, nem que estivesse um único professor nestas condições valia a pena fazer-lhe justiça. Não é uma questão de número de vagas, mas sim uma questão e tão só de elementar de justiça.


“E o essencial é saber como se vão abrir as vagas deste concurso externo extraordinário e mais importante ainda saber quais as vagas a abrir em 2015.”

Resposta:
Muito essencial, mas a coisa não termina por aqui! Se na perspetiva de algum colega contratado o que interessa é entrar no quadro e esquecer o percurso seguinte, diria que concordava contigo. 

Mas há que ver mais além, e temos de perspetivar o futuro, nomeadamente e principalmente através do acautelamento das regras dos concursos internos que se seguem. 

É claro que o ópio do momento pode turvar a mente de alguns contratados que buscam desesperadamente a ponta da corda que os tirará do precipício. Mas devem preocupar-se com o que ainda não enxergam, para cima, além da ponta de rocha onde estão pendurados. Porque para além da vinculação, tão necessária, está o caminho mais ou menos penoso para se percorrer.

Justiça nas regras do concurso como as que proponho não deviam deixar de ser aplicadas, em prol da verdade, do presente, mas sobretudo de correção de direções erradas tomadas no passado, enfim como fator de compensação por injustiças como as que tenho relatado.


“Mas, se a abertura de vagas em 2015 não for manipulada pelo MEC e as vagas pedidas pelas escolas forem todas a concurso então fica sem grande sentido esta discussão, porque quer os docentes do quadros quer os novos vinculados podem vir a ter as colocações pretendidas.”

Resposta:
Arlindo, sabes bem que não é como dizes. Por muitas que sejam as vagas (que duvido o sejam!), concurso é concurso, todos desejarão aproximar-se das suas famílias, ficar melhor do que estavam. E, claro está, nem todos ficarão onde querem. Portanto, não é como dizes uma discussão enviesada, pela simples razão que estão muitos interesses em jogo.

 Dizer o que dizes neste ponto só pode servir aqueles que querem manter o status quo à custa dos erros do passado que prejudicaram e muito quem se viu ultrapassado como já demonstrei.

 A ilusão de que "podem ser abertas muitas vagas logo a discussão perde o sentido", poderia ser interpretada como uma tentativa para fazer baixar os braços daqueles que lutam por mais justiça nos concursos de professores.

 Nem quero pensar que o disseste com essa intenção, mas o que disseste serve bem os interesses dos gostam de ouvir coisas assim, dos que precisam de manter a sua posição, a todo o custo (mas custo para os outros!).

E o Arlindo questiona-me...


Jorge Costa, já agora te pergunto duas coisas:
  •  Conheces algum docente que vinculou de forma extraordinária em 2013 que esteja mal colocado?


E respondo ...

Estamos a falar de uma situação diferente, mas também preocupante. Estamos a falar de mobilidade anual que pode ir até quatro anos, não do concurso interno de vinculação a uma escola ou agrupamento, ou um QZP.

 De facto, tal como decorreu no ano passado, em que os recém-vinculados concorreram à afetação à frente de alguns professores do quadro, foi do meu ponto de vista um erro.

Sou de opinião que a proposta que apresentei poderia perfeitamente aplicar-se também aqui, neste concurso de afetação e de aproximação à residência, ou seja, à mobilidade interna, desde que deixassem os recém-vinculados posicionados nas prioridades tal como proponho.  Em suma, igualdade de tratamento, mas com regra.


Questão n.º 2

  •     E sabes quantos docentes dos quadros de escola estão a largas centenas de quilómetros das suas casas, mesmo sendo mais graduados?


Resposta:

Sei. Por isso defendo o que defendo. Os atuais contratados não podem ser bodes expiatórios dos auto-apelidados "professores desterrados" porque não foram eles que lhes ficaram à frente. O que se passou é que a determinada altura quem era do quadro foi impedido (e mal!) de concorrer a QZP mais próximos das suas residências.

E portanto quem entrou mais tarde em QZP acabou por ser beneficiado.

 Mas por isso mesmo é que devem ir todos a concurso, os atuais QZP`s, onde se incluem os recém-vinculados e os outros professores do Quadro que o quiserem fazer, mas de acordo com as prioridades que propus, para evitarmos enviesamentos nada recomendáveis como no passado.

 Tal situação só poderá ir avante no próximo ano, não sem que, no corrente ano, deixem concorrer todos os que assim o pretenderem, quer à aproximação à residência quer à afetação, mas como disse, nas prioridades que propus.

 Ou seja, o problema dos "desterrados" seria ultrapassado provisoriamente no corrente ano e definitivamente no próximo.

 Valia a graduação profissional nos termos que enunciei e estas prioridades.

Pensem nisso!


Nota final:

Suspeito que esta discussão vai continuar!...

E é saudável que continue, com clareza, a bem da justiça para todos, senão, com penumbras, nunca existirá!




Jorge Costa



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