Nos últimos tempos tenho ouvido coisas do arco-da-velha acerca dos colegas contratados. Recuso responder a banalidades de uma certa leveza mental, sobretudo acentuada pela estupidez humana selvagem, da lógica do supostamente mais forte - o professor de quadro. Supostamente - porque na realidade o não é!
A trogloditaria da classe efetiva que anda por aí a apregoar a suposta ultrapassagem por "seres inferiores" (os contratados) no acesso às vagas.
Que atitude tão baixa, mas condizente com o estatuto intelectual de quem emite estas barbaridades. Do género, "preocupa-me incomensuravelmente o meu bandulho e, os que vierem depois, serão escoria a abater!".
Mas que triste figura de quem por ter um canudo mal recebido, que nunca devia ter sido na mão mas na testa, com força, adequada, que reflectisse, pelo menos e em letras douradas, mais ou menos pequenas, o que por lá vai dentro!
Gente efetiva efetivamente desmunida de bom senso, que se acha acima da "ralé" contratada, esses professorzitos provisórios (segundo a nomenclatura de outros tempos) que desgraçadamente, estupidamente, impunemente, desmesuradamente, desavergonhadamente, indecendemente, criteriosamente, impossivelmente, idiotamente, lhes querem tirar o lugar de conforto do seu castelo de cartas. Que descaradamente lhes trincam a vaidade de serem efetivamente efetivos ou "afetivos" como já ouvi um dizer e não digo onde!
O orgulho de se achar mais do que os colegas contratados vem seguramente (facto clinicamente comprovado) da pequenez mental destas figurinhas dos quadros de uma qualquer banda desenhada que ninguém quer ler,, simplesmente porque de lixo se trata e aborrece pelo odor emitido...
Se fosse juiz mandava internar compulsivamente os donos destas ideias de parasitismo não assumido.
Se fosse canalha, então batia-lhes palmas e pagava-lhes jantares.
Se fosse contratado, professor claro, tratava de meter uma providencia cautelar contra a insanidade destes enquadrados que se acham no direito de xingar quem anos a fio sofreu da precariedade, do desemprego, do mal viver sem salário como eles - os efetivos, incomodados pelo desejo de estabilidade de quem tem esse direito.
Se fosse contratado, exigia respeito, se me cruzasse num ambiente informal com um desses "afetivos" talvez perdesse as estribeiras e lhe acertasse onde lhe doi mais, naquele ponto minúsculo intra-craniano, com uma bala imaterial - a do desprezo efetivo.
Jorge Costa (professor do quadro há 23 anos, ex-professor provisório, provisório também na vida, como todos.)
Como professor contratado, que nem provisório pareço que sou, agradeço-lhe estas palavras. Chegámos à selva do egoísmo. Felizmente ainda existe quem compreende. Um bem haja.
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