terça-feira, 10 de junho de 2014

A politica rasca de vão de escada

“Se os juízes do TC não aceitam a crítica, não têm condições para exercer o cargo”

A vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho acusa o Tribunal Constitucional de “fazer juízos de ponderação política” e de condicionar a “liberdade do legislador”. A deputada considera que o TC está obrigado a responder ao pedido de aclaração e que, no limite, está sujeito a um pedido de anulação do último acórdão.

in público

Esta mulher com m pequeníssimo diz o que os minoritários ainda desgovernantes dizem enquanto vão bocejando por tempos idos. O TC tem sido o travão de uma ditadura disfarçada de democracia, a daqueles!


Portanto, ou saem pelo próprio pé, ou caem como fruta podre.
 O curioso é vermos os juros da dívida a descerem mesmo depois do chumbo do TC.

Estas afirmações são o exato sinal de que esta comandita de ultra-liberais anda aqui para destruir o Estado Social a favor dos intentos de alguns. Trabalho feito e em procissão rumam todos para os FMIs.


O povo está sereno, porque o tempo é de colheita... o que não presta, vai fora!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Depois do último post parece que me atiçaram os "cães" comentaristas raivosos. Que medo!!!



Dei-lhes um gato e ficaram assim!



Não havia necessidade!...

Até Cristo (JC) me chamaram, como se me quisessem crucificar!!!


sábado, 7 de junho de 2014

A resposta do Bruno na íntegra - uma mixórdia que nos confirma o que se suspeitava: a Providência Cautelar, embora inerte, tinha por objetivo tramar mais uma vez os professores contratados!



E por isso publico na íntegra as afirmações do próprio que nos dá uma ideia clara do que por ali vai.
Quanto a comentários insultuosos na caixa de comentários apago-os sempre que necessário. Claro que o juízo do Bruno até na linha do que escreve é de que não são insultuosos (porque lhe convém que não, ponto!).

Pela cegueira do texto que escreveu no seu blog, publico-o na integra porque o próprio texto desmascara o seu autor deixando claro as suas más intenções, que ofendem os professores contratados em geral e os que com eles estão solidários. É uma mixórdia de argumentos baseados na premissa "eu sou do quadro, cheguei primeiro, há uma lei que dá prioridade aos do quadro em relação aos que ainda não o são, etc"...

Enfim, uma mixórdia confusa que só descredibilizou quem com grande parangona correu para a comunicação social para anunciar uma ação inerte junto dos tribunais, que cairá como folhas secas porque ultrapassa todo o bom senso e está empestada de ganância desmesuradamente desfasada da realidade legislativa.

De resto não vou perder mais tempo com este senhor e seus seguidores, pois o trabalho está feito e que foi o de pôr a nu a argumentação escondida que serviu de base a esta anedota a que ousaram apelidar de "Providência Cautelar"!.

Aqui fica o textinho do Bruno na íntegra, algo confuso, mas que lá nos oferece algumas linhas emaranhadas do seu pensamento. Espero que tentem com muita paciência chegar ao fim da leitura.

"

JC (Jorge Costa) e o Salmo d'o infinito

Depois do post ("A propósito de uma Providencia Cautelar contra o Concurso Extraordinário") extremamente insultuoso em relação ao grupo de professores que são intervenientes da providência cautelar relativamente ao Concurso Externo Extraordinário (CEE), e após ter dado a minha resposta neste meu post ("Os insultos do professor Jorge Costa..."), o Jorge Costa veio dizer (tanto num comentário no blogue do Arlindo, como num comentário ao post atrás referido), que o post e os comentários nele contidos não eram uma crítica à minha pessoa nem queria ofender-me pessoalmente, mas antes defender que "a luta pelos direitos individuais, não pode significar a eliminação dos direitos dos demais" e que  quer "combater a ideia de uma classe docente superior à outra."

Para quem leu o seu post cheio de calúnias e injúrias (e quem não leu, não aconselho a leitura), e sabendo que eu sou uma das pessoas que integram esse grupo de intervenientes da Providência Cautelar (sendo até um dos que já deu o nome, a voz e a cara na defesa dessa causa), vir agora  o colega Jorge Costa dizer que não era sua intenção ofender-me é pura demagogia, é tentar colocar "paninhos quentes" depois do mal estar feito.

Chegado a este ponto, o colega Jorge Costa respondeu a cada ponto do meu post com um novo post que intitulou "Salmo MMXIV - O infinito está na bondade das intenções" (acho realmente piada ter usado as iniciais JC, num texto a que chama de "Salmo MMXIV", tentando fazer o paralelo a Jesus Cristo; mas isso sou eu que não ligo à religião Crista, exceto em muitas ideias morais que defende; outros, cristãos convictos, podem não levar isso tão leviamente). 

Como foi usado o meu nome e as minhas palavras escritas, vou responder então a esse post, com o direito de resposta que me assiste (sim, porque aqui tudo tem a ver com direitos). Não irei é "colar" o que foi escrito e a que ponto estarei a responder (até porque será numa mistura de pontos, visto que em alguns, nem foi usada qualquer argumentação), senão este post ficaria ainda mais extenso do que já é.

Antes demais, não defendo a ideia de uma classe docente superior a outra (até porque somos todos da minha classe), mas que a lei distingue, naturalmente, as pessoas pelo seu vínculo. E é só mesmo isso que deve distinguir os dois grupos de professores, contratados ou do quadro, nada mais!!!

JC acha que a vinculação dos professores contratados não deveria ser feita atrás dos efetivos, mas antes à frente destes. Pois eu acredito que a Lei Geral da Função Pública e um dos seus princípios base (que um funcionário com vínculo efetivo tem sempre prioridade sobre outro sem esse vínculo) deve ser cumprida, pelo que nunca deveria ser assim como defende.Porque é que um professor contratado há-de concorrer à frente de do quadro, sabe explicar isso? Por já terem feito muito sacrifícios? Os do quadro também os fizeram, uns até mais que alguns contratados (estou a particularizar pequenas situações, longe de mim generalizar, sabendo que tal não é o caso).

No entanto, e de forma a que NENHUM professor contratado fosse prejudicado pela Providência Cautelar, defende-se que as vagas libertadas fossem TODAS recuperadas. Isso implica que o mesmo número de professores contratados iriam vincular! Onde é que pedir tal coisa, lutar por um direito que me assiste, tentando que ninguém saia prejudicado, é insultar alguém, como referiu? 

JC diz que eu não sei o que é a vida de um contratado, dando exemplo de vários casos e situações. Antes de mais, você não me conhece nem conhece o percurso que fiz enquanto professor contratado, já que algumas das situações que fala também as vivi. 
É verdade que tal aconteceu durante poucos anos, comparativamente a milhares de colegas, mas não é por tal que não tenho o direito de falar e dar a minha opinão. Se fosse por comparação, então teria muito mais direito a isso que o JC, visto que já é do quadro há 23 anos, enquanto eu sou apenas há 5 anos, tendo vivido o que é ser professor contratado nos tempos que correm há muito pouco tempo comparativamente a si.

Para além disso, de uma forma espontânea da minha parte (talvez pela idade mais próxima com alguns ou por certos interesses em comum), sempre me juntei mais, enquanto contratado e depois no quadro, a colegas contratados, tendo os 3 primeiros anos de "efetiva" carreira morado com 2 desses colegas, fortes e grandes amigos meus, um que já correu quase Portugal todo e se encontra agora desempregado, e outro que, pelo 2º ano, teve de ir para as ilhas trabalhar, isto também depois de passar pelo desemprego. E só falo de dois casos pessoais, de pessoas próximas que conheço, conhecendo pessoalmente centenas de outros casos.
Por isso, recuso completamente a acusação de não saber o que é isso, já que, possivelmente, saberei melhor que você!

Além do mais, volta a falar nos sacrifícios feito pelos contratados, generalizando, mas esquecendo-se que o que fala não é o que acontece ou aconteceu com todos. Sabe que, e voltando a particularizar, existem muitos professores do quadro que já fizeram muitos mais sacrifícios que outros professores contratados. 
Mas tal como disse, não se deve falar nos sacrifícios que cada um fez ou não pela profissão. Há casos de professores contratados que estariam no quadro, e não os estão não apenas por comodismo (como sempre se ataca), mas porque lhes era realmente impossível deixar o sítio onde estavam, não tendo condições para tal. Por isso sempre disse que essas decisões a cada um diz respeito, e que não pode ser por aí que se deve, alguma vez, pegar.
Mas se calhar o que JC quer é que se quantifique os sacrifícios que cada um fez e depois ordenar as pessoas por esse valor obtido? Mais sacrifícios, mais hipótese de vincular... Poupe-me com mais demagogias, por favor.

E não precisa de dizer "se calhar", é mesmo verdade que apenas entrei nos quadros da função pública na altura que entrei por haver mais de uma centena de colegas do meu grupo que não concorreram para todo o país. Foram as opções que cada um tomou sabendo as consequências que advinham daí (que concorreriam, aquando concurso interno e externo, atrás dos professores do quadro). Devem ser descriminados por terem tomado essa opção? Claro que não! Devem ser agora favorecidos por isso, podendo concorrer num concurso aberto só para professores contratados? Também considero que não.

E voltando a falar da CEE deste ano, e fazendo a comparação com a do ano passado, você acha que serão os professores que fizeram mais sacrifícios que irão ter colocação neste concurso? Já no ano passado viu-se que não, este ano acontecerá o mesmo. E também não dará resposta à Diretiva comunitária (nem sequer é um remedeio), como deveria ser realmente desejado por quem sempre defendeu essa causa e tudo fez para que fosse uma realidade cá em Portugal.

Sugere JC que não estou preocupado com os professores contratados e que, sendo cumprida a Diretiva Comunitária desde 2001,  ficaria pior nas pretensões que apresento. A isso respondo que, se a Diretiva tivesse sido logo cumprida, evitaria as salgalhadas que agora acontecem. No meu caso particular, talvez não estivesse onde estou, mas saberia que era a aplicação de uma lei justa que assim o determinava.
Infelizmente, não foi o que aconteceu. 

Vinculando agora todos os professores que têm direito pela Diretiva, essa vinculação teria de ser feita de acordo com o que disse antes (princípio base da função pública). 
Ou está à espera que, QUANDO forem ganhas as queixas derivadas do não cumprimento da Diretiva, vão retirar pessoas dum quadro para colocarem lá as outras? Sabe que não poderá ser assim, e também por isso haverão avultadas indemnizações.
Também não considero que o CEE do ano passado tenha sido justo, mas não me "ouve" a dizer que esses colegas que vincularam devem perder o seu vínculo! Chama-se a isso direitos adquiridos.

JC, quando fala no vice-versa da minha frase "não é com uma injustiça que se resolve outra injustiça" (embora a palavra "vice-versa" não é a adequada para a ideia que quer transmitir), acha mesmo que concorrendo para este concurso todos os que docentes de quadro que o desejem e sendo todas as vagas libertadas recuperadas para esse concurso, existiria alguma injustiça para os professores contratados? 

Eu não me esqueço da JUSTIÇA, mas realmente para todos, sejam do quadro ou não, e muito menos me esqueço da LEI e dos DIREITOS de cada um!
É que não se pode defender a aplicação de uma lei e de um direito, e depois ir contra a defesa de outras leis e outros direitos, como faz!

Só para finalizar, JC usou uma frase já célebre " E... Por qué no te callas!". Sobre isso tenho duas coisas a dizer:
  • Não me calo porque tenho o direito e liberdade de expressão, sobretudo quando não ofendo ninguém, e apenas quero demonstrar o meu ponto de vista e as minhas opiniões. Felizmente, não sou como quem diz-se apoiante (indo em conta o subtítulo do seu blogue) a liberdade de expressão, mas logo de seguida apaga comentários lá feitos que vão contra as suas ideias, mantendo apenas aqueles que lhe são favoráveis. Perceberia se esses comentários fossem ofensivos, mas não era o caso do meu e de alguns de que ainda tive a hipótese de ler.
  • Talvez deveria seguir o exemplo de quem tornou essa frase célebre, o Rei Juan Carlos de Espanha, e abdicar do posto de defender os professores contratados. Acredito que a maioria dos professores contratados que lerem os seus últimos posts, por certo não irão rever-se nas suas palavras. Deixe agora esse trabalho para quem o tem feito de forma exemplar, a ANVPC.



Assinado: BRUNO GOMES "

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Salmo MMXIV - O infinito está na bondade das intenções


Bruno do blog prof infinito afirma e defende:

Estar a lutar por um concurso interno e externo em simultâneo, havendo a recuperação de TODAS as vagas libertadas, o que implicaria sempre a vinculação do mesmo número de professores; 


JC responde:
Vinculação atrás de todos os efetivos, nos lugares que eles não quiseram! Não Bruno, obrigado, mas não! 


Acreditar que o Concurso Externo Extraordinário não resolve o problema dos professores contratados, mas antes vem trazer mais injustiças. Como já se viu em 2013, possivelmente irão vincular vários professores que muito poucos anos (ou mesmo apenas um) deram à Escola Pública, tendo a grande parte da sua graduação sido alcançada em colégios privados, ultrapassando aqueles que sempre, e durante décadas, lutaram pela qualidade da Escola Pública


JC responde: É mesmo com os colegas professores contratados que estás preocupado Bruno?! 

Defender que deveria ser aplicada a Lei Geral da Função Pública, e não criar algo que tem sido anualmente "extraordinário" (ou será antes "extraordinariamente" anual?) apenas para alguns, quem nem serão todos os que a tal mereceriam, só para tentar enganar Bruxelas

JC responde: Pois Bruno, mas se colocassem os colegas contratados onde deveriam ter ficado desde 2001 consoante foram fazendo os três anos (tal como eu defendo), acredita que talvez ficasses pior nas pretensões que apresentas!... 

Considerar que, por ter alcançado o vínculo na função pública (mesmo sabendo que pela frente estava um caminho mais ou menos penoso para percorrer), tinha uma perspetiva para o futuro e tinha criado, por isso, expetativas de concorrer em igualdade de circunstâncias com aqueles com o mesmo vínculo, e tendo apenas prioridade (existente na lei) relativamente a quem não tinha esse vínculo (ÚNICA COISA QUE DIFERENCIA OS PROFESSORES), vejo agora essas expetativas completamente defraudadas, nem sequer tendo hipótese de concorrer em igualdade de circunstâncias; 

JC responde: “expetativas de concorrer em igualdade de circunstâncias com aqueles com o mesmo vínculo, e tendo apenas prioridade (existente na lei) relativamente a quem não tinha esse vínculo”. Falas do quê, de manter os contratados sempre abaixo dos como nós efetivos? Que maldade! Quando sabes que muitos já deveriam estar nos quadros antes de ti! Isso é muito feio e mau! 

Saber inúmeros professores há muitos anos vinculados também estão em situações de precariedade, que andam de "casa às costas, sem a família, sem amigos", que encontram-se deslocados a centenas de quilómetros de suas casas e famílias, que não é o vínculo que dá a estabilidade profissional desejada, e que com este concurso extraordinário veem ainda mais diminuídas as hipóteses de poder alcançar essa estabilidade. Ou será que estes não a merecem, ou realmente pensa que tal só é vivido por quem é professor contratado?; 

JC responde: Ai Bruno, se tu tivesses passado um milésimo do que os colegas contratados passaram até aqui… Sabes, tu tiveste um salário maior do que eles e tens menos, muito menos tempo de serviço do que muitos deles. Tiveste um salário todos os dias 23 de cada mês a cair-te na conta e certinho, eles não! Tiveste emprego todos os anos sem as agruras das colocações ou não colocações anuais. Não tiveste horários de 6, 8, 12h a ganhar para pagar para trabalhar, eles sim! Não tiveste noites mal dormidas por receio de no dia 1 de setembro ires para a entrada do Centro de emprego, muitos deles, a maioria, sim caraças, sim! Não tiveste de comer o pão que o diabo amassou quando tanto precisavas de uma renovação de contrato e a Direção da tua escola te pôs fora para dar emprego aos amigos! Não te esfalfaste a trabalhar com idade avançada e sem qualquer redução por idade. Sabes o que passaram os contratados nas ofertas de escola com critérios manhosos e medições viciadas ao milímetro dos seus curriculos e as entrevistas humilhantes com respostas do tipo: "lamentamos mas não se adequa ao perfil desejado", frases estas emitidas pelas galinhas efetivas efetivamente abestalhadas pelo mísero poderzito que lhes puseram nas mãos? 
Tu não sabes isto tudo, porque se soubesses estavas calado.
 E... Por qué no te callas!

Por defender o cumprimento da Diretiva Comunitária 70/99/CE a todos que a ele têm direito, havendo de novo o real cuidado para não existirem injustiças nas vinculações; 

JC responde: Tem dó Bruno, tem dó, sabes o que significa a palavra defender sem ser até onde te convém?! Sabes o significado real desta Diretiva. Sabes que tal como tu entendo que deve ser aplicada na íntegra, mas então vai tudo a jogo, coloque-se nos quadros os contratados que fizeram três anos de serviço desde dois mil e um e depois vais concorrer com eles na mesma prioridade. então Bruno, não deveria ser assim mesmo? Eu tenho a certeza absoluta que sim! É justo, ponto. 

Por não querer diferenciar, depois da vinculação, quem sempre concorreu para todas as vagas, e aqueles que só concorrem para certas zonas, pelas razões que só a eles diz respeito (como o colega defendeu aqui), considerando que apenas a graduação profissional deveria ser considerada; 


JC responde: Já o disse e repito com a mesma convicção, aqueles que não concorreram para todo o país e por isso, só por isso nunca chegaram a efetivar devem ficar numa prioridade abaixo. Mas já pensaste que se calhar se o tivessem feito, tu não tinhas entrado no quadro e tinhas experimentado todas as agruras da lista que coloquei acima, reflexo esbatido da vida má de um professor contratado?! É justo e talvez esteja aqui parcialmente um curto ponto de concordância contigo. 

Por não insultar pessoas que não conheço, e fazer parte de um grupo que defende uma causa que acham justa, que não ficam a "ver o filme parados", que levantaram-se para lutar, sempre de cabeça erguida

JC responde: Com os termos da Providência Cautelar que defendes acabas de insultar todos os professores, teus colegas contratados. E isto não é só uma opinião, é muito mais do que isso. Lutas por ti, mas esqueceste-te da justiça para todos, sem exceção – para ti também, claro! 

Por considerar que não é com uma injustiça que se resolve outra injustiça! 

JC responde: pois não Bruno, pois não... Não te esqueças do vice-versa!


Jorge Costa (ex-professor provisório, efetivo agora, em busca da justiça para todos, nem que vá para o inferno!)

A propósito de uma Providencia Cautelar contra o Concurso Extraordinário


Nos últimos tempos tenho ouvido coisas do arco-da-velha acerca dos colegas contratados. Recuso responder a banalidades de uma certa leveza mental, sobretudo acentuada pela estupidez humana selvagem, da lógica do supostamente mais forte - o professor de quadro. Supostamente - porque na realidade o não é!

A trogloditaria da classe efetiva que anda por aí a apregoar a suposta ultrapassagem por "seres inferiores" (os contratados) no acesso às vagas. 

Que atitude tão baixa, mas condizente com o estatuto intelectual de quem emite estas barbaridades. Do género, "preocupa-me incomensuravelmente o meu bandulho e, os que vierem depois, serão escoria a abater!".

Mas que triste figura de quem por ter um canudo mal recebido, que nunca devia ter sido na mão mas na testa, com força, adequada, que reflectisse, pelo menos e em letras douradas, mais ou menos pequenas, o que por lá vai dentro!

Gente efetiva efetivamente desmunida de bom senso, que se acha acima da "ralé" contratada, esses professorzitos provisórios (segundo a nomenclatura de outros tempos) que desgraçadamente, estupidamente, impunemente, desmesuradamente, desavergonhadamente, indecendemente, criteriosamente, impossivelmente, idiotamente, lhes querem tirar o lugar de conforto do seu castelo de cartas. Que descaradamente lhes trincam a vaidade de serem efetivamente efetivos ou "afetivos" como já ouvi um dizer e não digo onde!

O orgulho de se achar mais do que os colegas contratados vem seguramente (facto clinicamente comprovado) da pequenez mental destas figurinhas dos quadros de uma qualquer banda desenhada que ninguém quer ler,, simplesmente porque de lixo se trata e aborrece pelo odor emitido...

Se fosse juiz mandava internar compulsivamente os donos destas ideias de parasitismo não assumido.

Se fosse canalha, então batia-lhes palmas e pagava-lhes jantares.

Se fosse contratado, professor claro, tratava de meter uma providencia cautelar contra a insanidade destes enquadrados que se acham no direito de xingar quem anos a fio sofreu da precariedade, do desemprego, do mal viver sem salário como eles - os efetivos, incomodados pelo desejo de estabilidade de quem tem esse direito.

Se fosse contratado, exigia respeito, se me cruzasse num ambiente informal com um desses "afetivos" talvez perdesse as estribeiras e lhe acertasse onde lhe doi mais, naquele ponto minúsculo intra-craniano, com uma bala imaterial - a do desprezo efetivo.


Jorge Costa (professor do quadro há 23 anos, ex-professor provisório, provisório também na vida, como todos.)