Quanto a comentários insultuosos na caixa de comentários apago-os sempre que necessário. Claro que o juízo do Bruno até na linha do que escreve é de que não são insultuosos (porque lhe convém que não, ponto!).
Pela cegueira do texto que escreveu no seu blog, publico-o na integra porque o próprio texto desmascara o seu autor deixando claro as suas más intenções, que ofendem os professores contratados em geral e os que com eles estão solidários. É uma mixórdia de argumentos baseados na premissa "eu sou do quadro, cheguei primeiro, há uma lei que dá prioridade aos do quadro em relação aos que ainda não o são, etc"...
Enfim, uma mixórdia confusa que só descredibilizou quem com grande parangona correu para a comunicação social para anunciar uma ação inerte junto dos tribunais, que cairá como folhas secas porque ultrapassa todo o bom senso e está empestada de ganância desmesuradamente desfasada da realidade legislativa.
De resto não vou perder mais tempo com este senhor e seus seguidores, pois o trabalho está feito e que foi o de pôr a nu a argumentação escondida que serviu de base a esta anedota a que ousaram apelidar de "Providência Cautelar"!.
Aqui fica o textinho do Bruno na íntegra, algo confuso, mas que lá nos oferece algumas linhas emaranhadas do seu pensamento. Espero que tentem com muita paciência chegar ao fim da leitura.
Para quem leu o seu post cheio de calúnias e injúrias (e quem não leu, não aconselho a leitura), e sabendo que eu sou uma das pessoas que integram esse grupo de intervenientes da Providência Cautelar (sendo até um dos que já deu o nome, a voz e a cara na defesa dessa causa), vir agora o colega Jorge Costa dizer que não era sua intenção ofender-me é pura demagogia, é tentar colocar "paninhos quentes" depois do mal estar feito.
Chegado a este ponto, o colega Jorge Costa respondeu a cada ponto do meu post com um novo post que intitulou "Salmo MMXIV - O infinito está na bondade das intenções" (acho realmente piada ter usado as iniciais JC, num texto a que chama de "Salmo MMXIV", tentando fazer o paralelo a Jesus Cristo; mas isso sou eu que não ligo à religião Crista, exceto em muitas ideias morais que defende; outros, cristãos convictos, podem não levar isso tão leviamente).
Como foi usado o meu nome e as minhas palavras escritas, vou responder então a esse post, com o direito de resposta que me assiste (sim, porque aqui tudo tem a ver com direitos). Não irei é "colar" o que foi escrito e a que ponto estarei a responder (até porque será numa mistura de pontos, visto que em alguns, nem foi usada qualquer argumentação), senão este post ficaria ainda mais extenso do que já é.
Antes demais, não defendo a ideia de uma classe docente superior a outra (até porque somos todos da minha classe), mas que a lei distingue, naturalmente, as pessoas pelo seu vínculo. E é só mesmo isso que deve distinguir os dois grupos de professores, contratados ou do quadro, nada mais!!!
JC acha que a vinculação dos professores contratados não deveria ser feita atrás dos efetivos, mas antes à frente destes. Pois eu acredito que a Lei Geral da Função Pública e um dos seus princípios base (que um funcionário com vínculo efetivo tem sempre prioridade sobre outro sem esse vínculo) deve ser cumprida, pelo que nunca deveria ser assim como defende.Porque é que um professor contratado há-de concorrer à frente de do quadro, sabe explicar isso? Por já terem feito muito sacrifícios? Os do quadro também os fizeram, uns até mais que alguns contratados (estou a particularizar pequenas situações, longe de mim generalizar, sabendo que tal não é o caso).
No entanto, e de forma a que NENHUM professor contratado fosse prejudicado pela Providência Cautelar, defende-se que as vagas libertadas fossem TODAS recuperadas. Isso implica que o mesmo número de professores contratados iriam vincular! Onde é que pedir tal coisa, lutar por um direito que me assiste, tentando que ninguém saia prejudicado, é insultar alguém, como referiu?
JC diz que eu não sei o que é a vida de um contratado, dando exemplo de vários casos e situações. Antes de mais, você não me conhece nem conhece o percurso que fiz enquanto professor contratado, já que algumas das situações que fala também as vivi.
É verdade que tal aconteceu durante poucos anos, comparativamente a milhares de colegas, mas não é por tal que não tenho o direito de falar e dar a minha opinão. Se fosse por comparação, então teria muito mais direito a isso que o JC, visto que já é do quadro há 23 anos, enquanto eu sou apenas há 5 anos, tendo vivido o que é ser professor contratado nos tempos que correm há muito pouco tempo comparativamente a si.
Para além disso, de uma forma espontânea da minha parte (talvez pela idade mais próxima com alguns ou por certos interesses em comum), sempre me juntei mais, enquanto contratado e depois no quadro, a colegas contratados, tendo os 3 primeiros anos de "efetiva" carreira morado com 2 desses colegas, fortes e grandes amigos meus, um que já correu quase Portugal todo e se encontra agora desempregado, e outro que, pelo 2º ano, teve de ir para as ilhas trabalhar, isto também depois de passar pelo desemprego. E só falo de dois casos pessoais, de pessoas próximas que conheço, conhecendo pessoalmente centenas de outros casos.
Por isso, recuso completamente a acusação de não saber o que é isso, já que, possivelmente, saberei melhor que você!
Além do mais, volta a falar nos sacrifícios feito pelos contratados, generalizando, mas esquecendo-se que o que fala não é o que acontece ou aconteceu com todos. Sabe que, e voltando a particularizar, existem muitos professores do quadro que já fizeram muitos mais sacrifícios que outros professores contratados.
Mas tal como disse, não se deve falar nos sacrifícios que cada um fez ou não pela profissão. Há casos de professores contratados que estariam no quadro, e não os estão não apenas por comodismo (como sempre se ataca), mas porque lhes era realmente impossível deixar o sítio onde estavam, não tendo condições para tal. Por isso sempre disse que essas decisões a cada um diz respeito, e que não pode ser por aí que se deve, alguma vez, pegar.
Mas se calhar o que JC quer é que se quantifique os sacrifícios que cada um fez e depois ordenar as pessoas por esse valor obtido? Mais sacrifícios, mais hipótese de vincular... Poupe-me com mais demagogias, por favor.
E não precisa de dizer "se calhar", é mesmo verdade que apenas entrei nos quadros da função pública na altura que entrei por haver mais de uma centena de colegas do meu grupo que não concorreram para todo o país. Foram as opções que cada um tomou sabendo as consequências que advinham daí (que concorreriam, aquando concurso interno e externo, atrás dos professores do quadro). Devem ser descriminados por terem tomado essa opção? Claro que não! Devem ser agora favorecidos por isso, podendo concorrer num concurso aberto só para professores contratados? Também considero que não.
E voltando a falar da CEE deste ano, e fazendo a comparação com a do ano passado, você acha que serão os professores que fizeram mais sacrifícios que irão ter colocação neste concurso? Já no ano passado viu-se que não, este ano acontecerá o mesmo. E também não dará resposta à Diretiva comunitária (nem sequer é um remedeio), como deveria ser realmente desejado por quem sempre defendeu essa causa e tudo fez para que fosse uma realidade cá em Portugal.
Sugere JC que não estou preocupado com os professores contratados e que, sendo cumprida a Diretiva Comunitária desde 2001, ficaria pior nas pretensões que apresento. A isso respondo que, se a Diretiva tivesse sido logo cumprida, evitaria as salgalhadas que agora acontecem. No meu caso particular, talvez não estivesse onde estou, mas saberia que era a aplicação de uma lei justa que assim o determinava.
Infelizmente, não foi o que aconteceu.
Vinculando agora todos os professores que têm direito pela Diretiva, essa vinculação teria de ser feita de acordo com o que disse antes (princípio base da função pública).
Ou está à espera que, QUANDO forem ganhas as queixas derivadas do não cumprimento da Diretiva, vão retirar pessoas dum quadro para colocarem lá as outras? Sabe que não poderá ser assim, e também por isso haverão avultadas indemnizações.
Também não considero que o CEE do ano passado tenha sido justo, mas não me "ouve" a dizer que esses colegas que vincularam devem perder o seu vínculo! Chama-se a isso direitos adquiridos.
JC, quando fala no vice-versa da minha frase "não é com uma injustiça que se resolve outra injustiça" (embora a palavra "vice-versa" não é a adequada para a ideia que quer transmitir), acha mesmo que concorrendo para este concurso todos os que docentes de quadro que o desejem e sendo todas as vagas libertadas recuperadas para esse concurso, existiria alguma injustiça para os professores contratados?
Eu não me esqueço da JUSTIÇA, mas realmente para todos, sejam do quadro ou não, e muito menos me esqueço da LEI e dos DIREITOS de cada um!
É que não se pode defender a aplicação de uma lei e de um direito, e depois ir contra a defesa de outras leis e outros direitos, como faz!
Só para finalizar, JC usou uma frase já célebre " E... Por qué no te callas!". Sobre isso tenho duas coisas a dizer:
- Não me calo porque tenho o direito e liberdade de expressão, sobretudo quando não ofendo ninguém, e apenas quero demonstrar o meu ponto de vista e as minhas opiniões. Felizmente, não sou como quem diz-se apoiante (indo em conta o subtítulo do seu blogue) a liberdade de expressão, mas logo de seguida apaga comentários lá feitos que vão contra as suas ideias, mantendo apenas aqueles que lhe são favoráveis. Perceberia se esses comentários fossem ofensivos, mas não era o caso do meu e de alguns de que ainda tive a hipótese de ler.
- Talvez deveria seguir o exemplo de quem tornou essa frase célebre, o Rei Juan Carlos de Espanha, e abdicar do posto de defender os professores contratados. Acredito que a maioria dos professores contratados que lerem os seus últimos posts, por certo não irão rever-se nas suas palavras. Deixe agora esse trabalho para quem o tem feito de forma exemplar, a ANVPC.
Assinado: BRUNO GOMES "